Tag Archives: tecnologia

Tecnologia ameaça postos de trabalho

Em reportagem para o Jornal do Comércio, Sabrina Malinoski, consultora de carreira da Produtive, fala sobre o temor de robotização no mercado de trabalho e oferece dicas de como o profissional precisa se movimentar para não se tornar obsoleto e desnecessário.
—-
As mudanças provocadas pela tecnologia no mercado de trabalho devem trazer um impacto, sobretudo no setor de serviços e de mão de obra braçal, no qual boa parte das vagas é ocupada por pessoas com baixa renda. Ao andar por shoppings, restaurantes e até mesmo no transporte público, por exemplo, é possível ver cadeiras vazias, antes ocupadas por trabalhadores e agora substituídas por máquinas.

A tendência se estende para setores como a indústria. Uma pesquisa realizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou que 62% dos brasileiros empregados no setor  temem perder seus postos para robôs dentro de 10 anos. No entanto, a maioria deles tem a convicção que retornarão ao mercado de trabalho, se as previsões otimistas se confirmarem.

Por isso, a consultora de carreira da Produtive, Sabrina Malinoski, afirma que o trabalhador precisa cada vez mais ser protagonista em sua vida profissional, buscar conhecimento, ter pró-atividade e estar constantemente atualizado com as práticas da profissão. Menos cética em relação ao futuro tecnológico, a consultora vê a educação como parceira do ser humano. “Advogados e contadores, por exemplo, lidam com uma carga de informação gigantesca. Um software é capaz de absorver o trabalho pesado deles em consultas e tomadas de decisão”, avalia Sabrina.

Referente ao setor terciário, como comércio e serviços, ela avalia como essencial a busca pelo estudo, com cursos e formação profissional para que o trabalhador não dependa exclusivamente de uma única ocupação durante toda a vida. “Há muito tempo, vivíamos e morríamos sendo profissional de uma área específica. Hoje, é comum seguirmos várias carreiras”, explica Sabrina. Acostumada a assessorar executivos, ela percebe em seus clientes uma busca cada vez maior por outras ocupações para ampliar os horizontes. Torna-se empreendedor ou seguir como docente são algumas das opções escolhidas.

Acima de tudo, Sabrina vê nas empresas a busca por um perfil de profissional mais “generalista”, ou seja, capaz de operar em mais de um campo com excelência. Ela também ressalta que o surgimento de novas profissões a partir da tecnologia deve ser considerado pelos estudantes ao ingressarem na faculdade, sob uma condição. “É preciso se perguntar: eu gosto disso? Terei prazer em trabalhar com o assunto por vários anos? Não adianta escolher uma profissão tendência nos próximos anos e não se identificar”, afirma a consultora.

 

Gestão de pessoas: como engajar profissionais para uso da tecnologia

Tatiana Lemke, Gerente de Operações da Produtive, participa de reportagem para GesSaúde.

———————–

Papel do líder é fundamental; treinamentos e capacitações antes, durante e depois da implementação são indicados

A tecnologia está presente em diversos aspectos da vida em sociedade. Os avanços beneficiam tanto a qualidade da assistência ao cliente quanto os resultados financeiros das organizações – percepção que pode ser traduzida em números. Recente pesquisa internacional sobre a área da Saúde da consultoria Ernst & Young aponta que 54% dos pacientes afirmam se sentir confortáveis em contatar seus médicos por meios digitais. Eles também estão interessados em utilizar dispositivos pessoais, como smartphones e wearable devices, para compartilhar informações (33%) e realizar consultas por vídeo (21%).

A mesma pesquisa aponta que os médicos também acreditam que as tecnologias digitais trarão benefícios para a assistência e a instituição como um todo. Segundo o levantamento, 83% dos profissionais acreditam que o compartilhamento de dados por meio do uso dessas ferramentas vai melhorar a qualidade do atendimento e personalizar cada vez mais os diagnósticos. Além disso, 66% afirmaram que seu uso irá diminuir os custos das instituições.

Apesar disso, um dos principais desafios dos projetos de implementação de tecnologias de gestão em hospitais ainda é o fator humano. Estimativas dão conta de que 90% dos hospitais usam somente de 30% a 40% da potência das tecnologias de gestão que possuem. Os motivos são diversos, mas a questão do engajamento dos colaboradores é um dos principais.

Para Tatiana Lemke, Gerente de Operações da Produtive, o primeiro ponto para garantir o engajamento é o colaborador entender os motivos e objetivos da mudança. “Por isso, uma das técnicas é colocar o colaborador para fazer parte dela. Para isso, a comunicação sobre o assunto precisa ser clara e frequente, antes mesmo da implementação. Fazer reuniões reforçando a importância dessa mudança é outra técnica para o engajamento dos colaboradores, deixando-os confortáveis frente ao assunto”, comenta.

Tatiana também destaca que é fundamental investir em treinamentos e capacitações antes, durante e depois da implementação de uma nova tecnologia. “Treinamentos de como lidar com os sistemas são importantíssimos para que as pessoas não se sintam perdidas e nem aprendam de maneira errada, criando vícios que podem prejudicar a coleta dos dados. Depois também é importante o suporte permanente a dúvidas e boas condições dos sistemas. Caso contrário, os colaboradores se desmotivam e se tornam resistentes à utilização da tecnologia.”

A especialista explica que as lideranças são as principais responsáveis nesse processo de engajamento das equipes. Segundo ela, o líder deve estar sempre aberto para ouvir e também ficar atento às necessidades do grupo para que, assim, possa supri-las. Além disso, feedbacks construtivos de trocas geram mais clareza e menos resistência, conforme Tatiana.

Ela ainda garante que o gestor é o exemplo nesse processo de mudança. Por isso mesmo, deve haver envolvimento aprofundado desde antes da implementação. “O líder precisa ter segurança do todo e transmiti-la à equipe”, garante.

Com planejamento e maturidade é possível garantir o engajamento fundamental para que as tecnologias de gestão alcancem os resultados esperados, em especial aqueles que impactam diretamente na qualidade e segurança da assistência.

 

Transformação digital exige novo perfil do gestor de Saúde

Márcia Oliveira, consultora sênior de carreira da Produtive, falou sobre a importância da experiência do paciente e como isso mudou o novo perfil de gestão da saúde em entrevista para o blog da MV.

 

 

Alinhar gestão, tecnologia e pessoas é um dos desafios das lideranças diante do cenário no qual mais de 75% dos pacientes esperam utilizar serviços digitais no futuro

Com a necessidade cada vez maior de profissionalização e o avanço da transformação digital, o perfil do gestor de Saúde tem se transformado. Centrada antigamente no médico, a gestão passou a ter como figura principal o relacionamento com o paciente. “A experiência do paciente é o mais importante. Ela envolve desde confiabilidade e excelência no tratamento até a recepção do cliente no ambiente da organização de Saúde”, explica Marcia Oliveira, consultora de carreira sênior da Produtive.

As instituições do setor estão automatizando processos administrativos, operacionais e assistenciais em busca de um atendimento mais eficiente e seguro, além de melhor rentabilidade. De acordo com um estudo específico sobre hospitais realizado pela McKinsey & Company, esse cenário é reflexo da mudança de perfil do paciente: mais de 75% deles esperam utilizar serviços digitais no futuro. A pesquisa mostra, ainda, que organizações conectadas são 50% mais propensas a aumentar a participação no mercado e elevar as margens de lucro, em comparação às suas concorrentes sem acesso à tecnologia.

Diante disso, o novo gestor precisa alinhar gestão, tecnologia e pessoas, enxergando a organização como um todo, com estratégias que coloquem o paciente no centro do negócio. “Hoje em dia esse profissional precisa acompanhar todas as mudanças – principalmente as que envolvem a transformação digital. Ferramentas como inteligência artificial e analytics estão transformando a maneira como o paciente recebe o tratamento, assim como o diagnóstico”, ressalta Marcia. Segundo a especialista, as organizações passam a trabalhar com outro foco: a prevenção de doenças e a promoção da qualidade de vida – não apenas a recuperação de condições já estabelecidas.

 

Mudança cultural

Nessa nova realidade, as posições hierárquicas dão lugar à uma visão mais holística. “O gestor da era da transformação digital precisa transformar o modelo mental, deixando para trás velhos padrões, colocando em prática atitudes menos hierárquicas para que, assim, todos os profissionais trabalhem juntos pelo bem-estar do paciente. É importante que o líder mostre o quanto cada um da equipe tem valor nesse momento”, explica Marcia. Ao trabalhar em um ambiente integrado por ferramentas e sistemas, torna-se mais fácil empoderar os profissionais envolvidos em cada processo e facilitar a comunicação entre eles – o que impacta diretamente na qualidade da assistência.

Para isso, o gestor de Saúde é o principal responsável por incentivar uma nova cultura entre as equipes. “Todos precisam entender que a transformação digital não é o fim, mas o meio. É uma mudança de pensar, em um ambiente onde a palavra máxima não é sempre a de um só médico, e que novas tecnologias – como aplicativos e robôs – e modelos colaborativos começam a fazer parte do cotidiano”.

CIO: você planeja sua carreira?

Planejar é uma tarefa importante para quem deseja ter uma carreira bem sucedida e consolidada, principalmente em áreas em constante mudança como a tecnologia. Para o IT Fórum, a Consultora Sênior de Carreira da Produtive, Marcia Oliveira, orienta como o profissional de TI deve fazer seu planejamento de carreira.

Atingir metas e progredir na profissão exige dedicação, planejamento e disciplina. Por isso, quem busca uma trajetória sólida e de sucesso deve, antes de tudo, estabelecer um plano de carreira. “Todo profissional, especialmente aqueles que atuam em áreas com mudanças mais bruscas, como tecnologia, deve se planejar para alcançar os resultados e progredir”, diz Marcia Oliveira, consultora de carreira sênior da Produtive.

Isso por que se, antigamente, o executivo de TI era visto apenas como um suporte para manutenção de máquinas e instalação de softwares, hoje há uma gama de áreas para se especializar e empresas que precisam de um CIO que esteja alinhado com as estratégias do negócio, tenha uma visão mais ampla das tecnologias e siga caminhos não tão tradicionais. Vale a pena fazer um MBA em gestão de pessoas ou em negócios? É mais vantajoso trabalhar em uma empresa pequena com um cargo mais alto, ou em uma multinacional com uma função menos estratégica?

Todas essas perguntas podem ser respondidas com o aconselhamento de carreira, tipo de coaching em que é possível traçar metas profissionais e se planejar para alcançá-las. “O CIO que continua agindo do mesmo jeito que há cinco anos, certamente terá problemas para fazer a gestão de sua carreira. Ele precisa ter uma reflexão mais ampla e considerar todas as mudanças do setor”, ressalta Marcia.

O processo, que inclui encontros, aplicações de testes e planejamentos a curto, médio e longo prazos, exige, principalmente, que o profissional esteja preparado para a transição. O primeiro passo é se autoconhecer e entender o seu novo papel nas empresas – mais estratégico e menos assistencial. “O líder de TI precisa conhecer o seu perfil, assim como o sua função daqui para frente. A forma como ele lida com isso faz toda a diferença para começar a traçar os desejos e planos para o futuro”, explica a consultora.

Atrelado a isso, é importante definir os motivadores por trás desse planejamento, que podem ou não estar relacionados à empresa. “O planejamento envolve aspectos profissionais e pessoais. Uma conversa sobre essas perspectivas enriquece o processo e faz com que o CIO consiga se planejar com mais facilidade”, diz Marcia. Isso inclui entender se deseja ter sua própria empresa, ou se busca, por exemplo, mais qualidade de vida ou dinheiro. Com a análise desses pontos, o coach consegue montar um plano com ações em três direções:

Curto prazo (1 a 2 anos)

Detecta o que precisa mudar na rotina de trabalho, como ser mais flexível ou mais organizado. Vale a realização de cursos pontuais, coaching para adquirir competências, ou participação em eventos.

Médio prazo (5 a 10 anos)

Com os próximos passos definidos, é possível decidir a melhor hora de fazer um curso. Se quer ser promovido ou mudar de empresa, por exemplo, vale começar um MBA, no máximo, nos próximos dois ano

Longo prazo (10 a 15 anos)

Essa é a visão geral da carreira, onde se pretende chegar. Quer ter seu próprio negócio? Busca mais qualidade de vida ou mais dinheiro? Isso norteia as atitudes que o executivo tem hoje, como quais cursos vai fazer e quanto de dinheiro precisa guardar.