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Como explicar ao mercado que (agora) aceito um salário bem menor?

Com a crise, reduções na remuneração chegaram a 40% no Brasil e muitos candidatos não sabem como comunicar que topam reduzir pretensão salarial. Mas, existe uma situação em que topar ganhar menos é bem aceito mercado de trabalho, segundo explica Rafael Souto, CEO da Produtive, em mais um dos vídeos de carreira da Exame.com.

Pós-graduação alavanca carreira e ajuda profissional a ganhar mais

Quem opta por fazer especialização, mestrado ou doutorado tem boas chances de aumentar sua remuneração. Rafael Souto, CEO da Produtive, explica como agregar valor em sua carreira por meio da especialização em publicação da Folha de São Paulo.

Pesquisas mostram que a remuneração de quem  fez uma pós-graduação lato (pós ou MBA) ou stricto sensu  (mestrado e doutorado) é maior que a de alguém  que tem só diploma universitário.

Há, também, diferenças entre níveis de pós-graduação. “Nossa última pesquisa mostrou que qualquer pós agrega valor, mas que, nos últimos anos,  houve valorização especial do mestrado e do doutorado”, diz Rafael Souto, presidente da Produtive, consultoria de carreiras.

O levantamento mais recente da consultoria apontou que, em 2015, a média salarial de um graduado foi R$ 6.096.  Quem fez uma pós (lato sensu) ganhava em média  R$ 10.620; e quem  tem mais de uma pós lato sensu, R$14.989.  Já um mestre ganhava em média  R$ 17.561.

A alta das especializações stricto sensu  passa pelo fato de as empresas terem começado a absorver esse tipo de profissional, antes associado à academia, afirma Souto.

“Antes era pouco relevante para uma organização contratar um executivo com doutorado. Hoje, com a hiperespecialização das carreiras, as empresas entendem que uma formação mais sólida pode ajudar”, afirma.

VEJA DICAS PARA ESCOLHER UMA PÓS

– Busque um curso que concilie  teoria e prática, apresentando situações comuns no mercado

– Pesquise escolas  em que haja possibilidade de intercâmbio, para conhecer outras formas de gestão

– Busque várias faculdades. Às vezes uma escola não tão conhecida pode ter excelência na área que você procura.

– Pesquise a trajetória de outras pessoas que já passaram pelo curso e veja se elas realmente cresceram na carreira

– Tente se conectar o máximo possível com os colegas; o networking é um dos pontos altos de qualquer pós ou MBA

– A pós deve ser um investimento também de tempo e pede dedicação; senão, se torna apenas algo a mais no currículo

– Veja a posição do curso e da instituição em rankings internacionais, uma garantia extra de qualidade.

 

Especialização garante salários até 90% mais altos

A consultora de carreira sênior da Produtive, Marcia Oliveira, discorre sobre a questão da especialização para o jornal Gazeta do Povo.

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Quanto mais especializações um profissional possui maior a chance de conseguir melhores empregos e salários mais altos.

Quando, em 2015, o advogado Andrhei Castilho Simioni fez sua primeira pós-graduação o resultado veio rápido: recebeu um aumento na remuneração de 7,5%. Hoje, ele cursa simultaneamente uma especialização na área de Direito e o MBA em Administração Pública, na Uninter. “Os conhecimentos adquiridos na especialização já estou aplicando no meu trabalho atual. Com o MBA o objetivo é me preparar para um cargo de gestão no futuro. Hoje, o profissional que quer se destacar precisa estar continuamente se qualificando, não dá para parar na primeira especialização.”

Casos como o de Andrhei estão cada vez mais comuns. O diretor da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter, Elton Ivan Schneider, explica que, considerando mercados como o de Curitiba e de grandes cidades, a pós-graduação já passou a ser um pré-requisito para quem quer encontrar uma boa vaga de emprego ou para os que almejam uma ascensão no trabalho. “Possuir uma especialização é um diferencial para concorrer às novas vagas, conquistar um cargo de chefia ou mesmo negociar um aumento.”, diz Schneider.

Além disso, observamos um cenário atual no qual o conhecimento muda muito rapidamente, exigindo atualização constante e contínua dos profissionais. “Pouco tempo atrás, as pessoas esperavam alguns anos após formadas para iniciar uma pós-graduação, hoje é comum que isso seja feito quase que sequencialmente. Não dá mais para deixar o tempo passar”.

Além dessa característica, a pós-graduação também é a oportunidade de realizar troca de experiências e de aumentar os contatos profissionais. “Durante o curso, o aluno irá ampliar a rede de relacionamentos. Com isso, é comum que consigam melhores oportunidades ainda durante o curso. Acontece muito de um colega indicar outro para uma oportunidade na empresa em que trabalha, por exemplo”, aponta Schneider.

Salários mais altos

Quando falamos de remuneração a importância da especialização fica ainda mais evidente. Segundo a última pesquisa salarial da Catho Online, de agosto de 2017, diretores e gerentes com pós-graduação ou MBA ganham 90% a mais do que os que concluíram apenas a graduação. No cargo de consultor e especialista a diferença também é grande: 85%.

Esse aumento tende a ser contínuo ao longo da carreira. Um estudo da consultoria Produtive observou, no período de um ano, que os profissionais graduados tiveram um acréscimo de 4,8% no salário nesse período, enquanto os que possuíam uma pós-graduação viram um aumento de 14,1% em sua remuneração e os com mais de uma especialização tiveram seus salários acrescidos em 17%. “O ganho acaba sendo consequência do melhor desempenho, alcançado pelo aumento do conhecimento técnico”, reforça Marcia Oliveira, que é consultora de carreira sênior da Produtive.

Marcia ressalta, ainda, que tanto o setor público quanto a iniciativa privada possuem políticas de remuneração que privilegiam a atualização constante do profissional. “Empresas de grande porte costumam ter regras e políticas de RH mais definidas. Com isso, as especializações são, sim, requisitos que melhoram a exposição e a chance de alcançar um cargo melhor.”

Quem deve buscar uma especialização

Os cursos de especialização trazem, em geral, perfis diferentes de alunos: o profissional que já está estável na carreira e quer buscar um conhecimento de interesse, muitas vezes fora da sua área de atuação; o que busca capacitação para conseguir um emprego e os que já estão no mercado, mas precisam potencializar sua carreira.

Schneider aponta também outro perfil de aluno da pós-graduação: quem está em busca de uma mudança de área. “Embora os cursos de especialização não habilitem a exercer uma nova profissão, em alguns casos possibilitam um redirecionamento de carreira dentro de uma mesma área de conhecimento”.

Para escolher o curso de pós-graduação mais indicado para sua necessidade, o profissional deve considerar seus objetivos de carreira. “É preciso procurar uma especialização na área em que quer se aperfeiçoar, visando alcançar determinado cargo. É isso que irá determinar o tipo de curso mais indicado entre especialização, pós-graduação, MBA, mestrado ou doutorado”, explica Schneider.

Profissionais que buscam por especialização se valorizam

O estudo da Produtive, no qual mostra a relação entre cursos de especialização e remuneração, com a participação de Rafael Souto, CEO da Produtive, foi divulgado no Jornal Voz da Serra.

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Segundo estudo, pós-graduados tiveram aumento salarial de 14,1% em 2015

Nas últimas semanas um dos assuntos que têm circulado nas páginas de A VOZ DA SERRA é o sucesso profissional. Em matéria publicada na edição do Caderno Z sobre a busca pela qualificação, a colega Ana Borges destaca que, para ser bem sucedido em qualquer carreira, é fundamental fazer o que se gosta. Depois, ter em mente que o importante para o sucesso não é a área escolhida em si — mas a qualificação para exercer a profissão.

Seguindo linha parecida, a jornalista Karine Knust também falou sobre empreendedorismo em recente matéria, e deu exemplos de três jovens que deixaram a carteira assinada para virarem donos do próprio negócio. Essa tendência, apresentada por uma pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), também reforça que o mercado de trabalho pertence cada vez mais àqueles que não se acomodam, ou seja, buscam oportunidades e aperfeiçoamento profissional.

De acordo com um levantamento da consultoria Produtive, os profissionais com pós-graduação obtiveram aumento de 14,1% em 2015 em relação ao mesmo período de 2014. Executivos que investiram em mais de uma pós tiveram um aumento médio na remuneração um pouco maior: 17%; enquanto aqueles com apenas uma graduação obtiveram reajuste pouco expressivo, de 4,8%. O estudo da consultoria revela ainda o aumento de 27,2%, em 2015, na média de remuneração do grupo com mestrado em relação ao mesmo período de 2014. Enquanto no ano passado a média salarial desses profissionais era de R$ 13.804, neste ano o saldo na conta todos os meses passou a ser de R$ 17.561, isto é, R$ 3.757 a mais.

O resultado do levantamento é simples: investir em capacitação continua sendo uma boa estratégia de carreira.

Assim foi com a professora de educação física e personal trainner Renata Patrícia Pará, de 29 anos. Ela explica que em um cenário de crise econômica e alto índice de desemprego, fazer pós-graduação pode ser uma alternativa para turbinar o currículo e preparar o portfólio para um cenário mais próspero. “Me formei em licenciatura em Educação Física em 2011 e em bacharelado em 2013. Logo após o término da faculdade, dei início a uma especialização em Biomecânica e Fisiologia do Exercício. O objetivo era ampliar os meus conhecimentos, até porque, a cada dia surgem novas doenças, lesões e/ou métodos de trabalho para otimizar os resultados dos clientes (alunos). Mas, claro, busco também uma valorização maior, já que, se for comparar currículos, como geralmente acontece, o empregador contrata a pessoa com mais conhecimento técnico”, disse.

Renata conta que, apesar do complemento na formação, não sentiu a diferença no bolso ainda. “Não estou ganhando mais por conta da conclusão do curso mas, indiretamente, já fui beneficiada por ele. No meu trabalho como personal os alunos buscam professores com especialização”, diz ela, acrescentando que já está matriculada em uma segunda pós-graduação, agora em Musculação e Treinamento de Força.

Aos 23 anos de idade, a jovem jornalista Mariana de Souza Barros também resolveu dar um upgrade no currículo e, no início deste ano, se matriculou em um curso de Master of Business Administration, o popular MBA. “Hoje em dia a graduação, um curso de inglês não são mais diferenciais. Sei que para conseguir uma boa colocação no mercado preciso antes me qualificar e, por isso, estou fazendo uma especialização em assessoria”, afirma ela.

Diferencial competitivo

Para o professor e coordenador de Gestão Empresarial e Estratégias de Pessoas, Marcelo Verly, investir em uma pós-graduação é uma oportunidade de seguir avançando na carreira, à frente de outros profissionais que interrompem o desenvolvimento acadêmico. “À medida que cresce a complexidade do ambiente de negócios, com mudanças cada vez mais aceleradas, o surgimento de novas tecnologias, a disseminação do acesso à informação, entre outros fenômenos, são cada vez mais necessárias formações complementares e de alto nível, que auxiliem os profissionais a compreender esse novo mundo em que vivemos para melhor posicionamento, tanto seu, quanto das organizações em que atuam. Desenvolvimento da capacidade de análise crítica dos problemas que afetam o cotidiano das organizações, o conhecimento de novas ferramentas e metodologias gerenciais e a ampliação da rede de contatos são alguns dos benefícios diretos de um programa de pós-graduação, seja ele de especialização, MBA, mestrado ou doutorado”, explica.

Segundo Marcelo, o profissional que avança em sua formação, buscando graduar-se e aprofundar seus estudos através da pós-graduação, sinaliza para sua organização e para o mercado que está comprometido em ampliar suas competências, habilidades e atitudes de forma a otimizar sua capacidade de gerar resultados. “Em tempos de crise, trata-se de um enorme diferencial competitivo e que é levado em consideração pelos gestores de muitas empresas, principalmente aquelas mais profissionalizadas, que atuam em mercados cujo padrão de competitividade é mais acirrado”, conta

A relação direta entre nível de formação e remuneração foi o ponto destacado pelo professor. “Embora varie de região, setor econômico, porte da empresa etc, há várias pesquisas realizadas ao longo dos últimos anos comprovando a relação direta entre formação acadêmica e remuneração. Algumas, inclusive, que atestam aumentos de cerca de 100% no contracheque de executivos que participaram de programas de pós-graduação.

O CEO da Produtive,  Rafael Souto, diz que o investimento em capacitação aumenta o nível de trabalhabilidade — ou seja, a capacidade de gerar fontes alternativas de renda, além do emprego tradicional. “Sem contar a valorização no mundo empresarial, quem possui mestrado ou doutorado tem a possibilidade de investir na carreira acadêmica, seja full time, ou mesmo conciliando as aulas com uma boa posição em uma organização”, destaca.

Qual curso escolher?

Se você leu até aqui é porque, talvez, já esteja motivado a investir em um curso. Ótimo! Mas é preciso antes identificar seu perfil e seus objetivos, já que entre MBA, pós, mestrado e doutorado existem diversas diferenças.

Para começar, de um lado estão os cursos stricto sensu (expressão que significa sentido restrito), grupo do qual fazem parte o mestrado e doutorado. Do outro, os lato sensu (sentido amplo), que comporta especializações e MBAs.

Os programas stricto sensu têm foco na formação de pesquisadores e professores universitários e são indicados para quem deseja seguir carreira acadêmica, embora seja comum encontrar nessa modalidade profissionais que atuam em empresas. Os cursos de lato sensu, por sua vez, são voltados para quem possui uma rotina diária de trabalho e busca aperfeiçoamento profissional. Neste caso, além de ganhar competências específicas, de aplicação prática, e que ajudam na ascensão na carreira, o profissional terá mais facilidades se desejar mudar de área ou se adaptar a um novo cargo dentro da empresa em que trabalha.

Para ajudar nessa escolha, confira abaixo uma breve descrição com as principais características de cada modalidade de curso. Feito isto, livros, papel, caneta em mãos e bons estudos!

Pós-Graduação:

Com duração média de um a dois anos, a pós-graduação funciona como uma atualização e capacitação do profissional. O curso proporciona habilidades técnicas específicas sobre um determinado tema.

MBA: Tem características semelhantes à pós-graduação como, por exemplo, carga horária de 360 horas, porém, é mais direcionada ao campo dos negócios e da gestão. Normalmente é procurado por profissionais que já estão no mercado e que querem aprimorar seus conhecimentos nas áreas de gestão e negócios, para se formarem executivos.

Mestrado: O principal objetivo deste tipo de curso é aprofundar o aprendizado da graduação e estimular a reflexão teórica. É direcionado para quem pretende seguir carreira acadêmica, como professor ou pesquisador. Isso, no entanto, não impede que quem atua no mercado aprimore seus conhecimentos.

Doutorado: Tem duração de quatro a cinco anos e oferece um conhecimento teórico mais profundo do que o mestrado acadêmico. É direcionado para aqueles que desejam seguir carreira acadêmica, como professor ou pesquisador.

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