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Cansei das redes sociais; sair de vez pode ser ruim para minha carreira?

Se você não é adepto às redes sociais, veja quais podem realmente fazer falta para a sua carreira. Quem fala sobre o assunto é consultor sênior de carreira da Produtive, Francis Nakada, para a reportagem da UOL.

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Você está cansado da polarização nas redes sociais e pensa até em deletar as suas contas, mas tem medo de que isso atrapalhe a sua carreira? É uma dúvida comum entre profissionais.

Segundo especialistas em carreiras, depende das redes que você quer abandonar. Algumas podem realmente fazer falta, mas outras não.

Sair de redes com perfil mais pessoal, como Facebook, por exemplo, não vai fazer a diferença na hora da sua contratação. O mais importante, segundo os profissionais da área de recursos humanos, é estar presente nas redes profissionais, como o LinkedIn, que é usado como ponto de partida por recrutadores em diferentes mercados profissionais.

Recrutador olha Facebook, mas não descarta quem não tem

Embora recrutadores gostem de conferir os perfis dos candidatos nas redes sociais para conhecê-los melhor, não estar presente no Facebook não vai ser um ponto negativo.

Para o gerente de negócios da Robert Half, Leonardo Berto, sair do Facebook ou do Instagram não vai causar um impacto direto na carreira, pois se trata de uma escolha pessoal. “A pessoa pode cancelar a conta ou até deixar em um modo privado e isso terá pouca relevância porque é a escolha particular de cada um”, afirmou.

Falta de exposição pode dificultar o emprego

Quem não está presente nesta rede ou quem não mantém o seu perfil completo e atualizado pode sair perdendo em uma tentativa de transição de carreira, de acordo com o executivo da Robert Half. “É como ser um produto de consumo que não está na mídia”.

Também há riscos de se expor demais

Sair do Facebook pode não ser um problema, mas a falta de cuidado com seu perfil nessa rede social pode ser prejudicial, segundo os especialistas. Excesso de postagens, fotos em situações inadequadas e declarações preconceituosas são alguns dos comportamentos a serem evitados. Falar mal da empresa em que trabalha ou de um emprego antigo também é negativo para a carreira.

Francis Nakada, consultor sênior de carreira da Produtive, disse recomendar que as pessoas fiquem mais atentas à agenda positiva dentro das redes sociais, evitando replicar conteúdos e notícias pesadas.

“Sugiro que as pessoas se posicionem de maneira construtiva, colocando-se como alguém interessante, e nunca como interesseiro. Notícias pesadas já existem aos montes”, afirmou. Na sua visão, as redes sociais podem trazer oportunidades, desde que sejam exploradas de forma criteriosa.

Publicações podem ser visíveis só para amigos

Para quem gostaria de ficar nas redes pessoais, mas tem receio de se expor demais, os profissionais de RH recomendam a alteração das configurações de privacidade dos perfis nas redes sociais, deixando as publicações e fotografias visíveis apenas para amigos.

Para os indecisos, existe ainda a possibilidade de desativar o perfil de forma temporária, sabendo que ele será restaurado quando o usuário decidir voltar. Dessa forma, é possível testar como fica a vida fora das redes sociais antes de tomar uma decisão definitiva.

 

Vai concorrer a uma vaga de emprego? Confira dicas para cuidar da sua imagem nas redes sociais

A consultora de carreira sênior, Deisy Razzolini, afirma que empresas ficam de olho no Facebook de candidatos na hora da seleção, em entrevista para o jornal Zero Hora.

 

Quem nunca postou algo no Facebook e se arrependeu depois que atire a primeira pedra. Para muitos, a rede social é um ambiente de interação e descontração, já para as empresas, esses meios são uma boa oportunidade de analisar a postura de candidatos que estão concorrendo a uma vaga de emprego.

Segundo Patrícia Zettler, consultora da Solucionare Ações e Ideias em RH, as instituições costumam olhar o perfil dos concorrentes no Facebook porque nessa rede é possível encontrar algo mais informal a respeito do candidato, e esse processo pode até mesmo interferir na contratação. Patrícia cita o caso no qual uma empresa deixou de contratar uma pessoa pelos conteúdos inapropriados publicados na rede social.

A maioria das pessoas tem um time de futebol do coração, e quando um dos jogadores erra um gol, por exemplo, tem sempre alguém que acaba “xingando” o atleta na sua rede social. Outra situação que também ocorre é alguém publicar xingamento sobre o time adversário. Deisy Razzolini, consultora de carreira sênior da Produtive Carreira e Conexões com o Mercado, alerta que temas polêmicos sempre têm consequências.

— É importante cuidar publicações agressivas nas áreas de política e futebol — orienta Patrícia.

Uma dica, segundo Deisy, é usar grupos de WhatsApp ou grupos fechados no Facebook com amigos e família, nos quais é possível ter mais liberdade. A consultora compara a rede social a uma casa, onde sempre há pessoas batendo na porta, que seriam as solicitações de amizade.

— A página é como se fosse nossa casa, quando estamos sozinhos, estamos à vontade, mas quando tem visita, cuidamos nossa roupa e o que vamos falar — completa Deisy.

  • Cuidar das configurações de privacidade da conta

Você está em uma festa com um copo de bebida na mão, então, um amigo pega o celular, tira uma “selfie” com você e posta no Facebook, marcando o seu perfil. Quando alguém for tirar uma foto que não seja do seu celular, é importante ter cuidado e, neste caso, largar a bebida, já que você não terá controle de quem pode ver a imagem. Outra dica, segundo Deisy, é cuidar as configurações do seu Facebook, ajustando para que ninguém poste nada com seu perfil marcado, a menos que a publicação seja autorizada.

De acordo com Thaís Garzieira, sócia-diretora da Staff Recrutamento e Consultoria em RH, as empresas usam as redes sociais como ferramenta complementar na seleção de candidatos, para analisar a postura e os objetivos, principalmente de concorrentes a cargos de apresentação, como uma secretária executiva, por exemplo.

Durante uma viagem de férias em algum lugar bonito, com praias paradisíacas, por exemplo, é comum tirar uma foto com traje de banho e postar nas redes sociais. Com relação a fotografias postadas no Facebook, Thaís aconselha tirar a opção “modo público” e deixar a visualização aberta somente para família e amigos. Já quando se trata de artigos e conquistas profissionais ou acadêmicas, estes podem ser compartilhados em “modo público”.

— Na medida em que o profissional se sente protagonista da sua carreira, ele consegue ter discernimento do que pode ser público — afirma.

O conselho de Thaís, tanto para estagiários quanto para executivos, é fazer bom uso dos valores, pois assim como existem empresas mais flexíveis, há também as que são mais criteriosas. Segundo ela, a pessoa pode se expor, mas deve fazer isso de forma pontual.

— Nós construímos nossa carreira o tempo todo — ressalta.