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Transformação digital exige novo perfil do gestor de Saúde

Márcia Oliveira, consultora sênior de carreira da Produtive, falou sobre a importância da experiência do paciente e como isso mudou o novo perfil de gestão da saúde em entrevista para o blog da MV.

 

 

Alinhar gestão, tecnologia e pessoas é um dos desafios das lideranças diante do cenário no qual mais de 75% dos pacientes esperam utilizar serviços digitais no futuro

Com a necessidade cada vez maior de profissionalização e o avanço da transformação digital, o perfil do gestor de Saúde tem se transformado. Centrada antigamente no médico, a gestão passou a ter como figura principal o relacionamento com o paciente. “A experiência do paciente é o mais importante. Ela envolve desde confiabilidade e excelência no tratamento até a recepção do cliente no ambiente da organização de Saúde”, explica Marcia Oliveira, consultora de carreira sênior da Produtive.

As instituições do setor estão automatizando processos administrativos, operacionais e assistenciais em busca de um atendimento mais eficiente e seguro, além de melhor rentabilidade. De acordo com um estudo específico sobre hospitais realizado pela McKinsey & Company, esse cenário é reflexo da mudança de perfil do paciente: mais de 75% deles esperam utilizar serviços digitais no futuro. A pesquisa mostra, ainda, que organizações conectadas são 50% mais propensas a aumentar a participação no mercado e elevar as margens de lucro, em comparação às suas concorrentes sem acesso à tecnologia.

Diante disso, o novo gestor precisa alinhar gestão, tecnologia e pessoas, enxergando a organização como um todo, com estratégias que coloquem o paciente no centro do negócio. “Hoje em dia esse profissional precisa acompanhar todas as mudanças – principalmente as que envolvem a transformação digital. Ferramentas como inteligência artificial e analytics estão transformando a maneira como o paciente recebe o tratamento, assim como o diagnóstico”, ressalta Marcia. Segundo a especialista, as organizações passam a trabalhar com outro foco: a prevenção de doenças e a promoção da qualidade de vida – não apenas a recuperação de condições já estabelecidas.

 

Mudança cultural

Nessa nova realidade, as posições hierárquicas dão lugar à uma visão mais holística. “O gestor da era da transformação digital precisa transformar o modelo mental, deixando para trás velhos padrões, colocando em prática atitudes menos hierárquicas para que, assim, todos os profissionais trabalhem juntos pelo bem-estar do paciente. É importante que o líder mostre o quanto cada um da equipe tem valor nesse momento”, explica Marcia. Ao trabalhar em um ambiente integrado por ferramentas e sistemas, torna-se mais fácil empoderar os profissionais envolvidos em cada processo e facilitar a comunicação entre eles – o que impacta diretamente na qualidade da assistência.

Para isso, o gestor de Saúde é o principal responsável por incentivar uma nova cultura entre as equipes. “Todos precisam entender que a transformação digital não é o fim, mas o meio. É uma mudança de pensar, em um ambiente onde a palavra máxima não é sempre a de um só médico, e que novas tecnologias – como aplicativos e robôs – e modelos colaborativos começam a fazer parte do cotidiano”.

Problemas? Adoro!

O consultor de carreira sênior da Produtive, Francis Nakada, participa de reportagem sobre a gestão de problemas, publicada na  revista Supermercado Moderno.

supermercadomoderno

Saiba porque gostar de problemas é bom para seu negócio

Qual seria sua reação se alguém dissesse que você precisa gostar de problemas? Acharia, no mínimo, estranho. Não é para menos. A maioria das pessoas ainda se sente insegura diante deles. O que poucos entendem é que os problemas podem impulsionar o sucesso de profissionais e de empresas. Uma das pessoas que defendem essa linha de pensamento é o escritor e palestrante Roberto Shinyashiki. Afinal, enfrentar um problema pode levar as equipes a sair da caixa e buscar soluções inovadoras. Mas, para isso, é preciso garantir um ambiente de trabalho favorável, em que seja possível errar sem constrangimento. Quando isso não existe, ocorre justamente o oposto. Nesses casos, a primeira atitude diante de um problema é fugir, como explica Francis Nakada, consultor sênior da Produtive Carreira e Conexões com o Mercado. Depois, o profissional tenta passá-lo adiante e, na sequência, vem a procrastinação de quem está com a batata quente nas mãos. Boa parte desse comportamento se explica por questões culturais. “A palavra problema já vem carregada de sentido negativo. Junto vem o medo de errar, de se frustrar e de não saber como agir”, explica Maria Amália Forte Banzato, especialista em Psicologia Social e fundadora e diretora do Espaço Ser e Integrar.

De cara com o problema

A postura diante do problema separa o empresário de sucesso dos demais. O consultor Francis Nakada acredita que problema não é um bicho de sete cabeças. Ele chama atenção para o fato de que, em muitas empresas, eles são institucionalizados.

Aquela velha história de que sempre foi assim é fruto da acomodação de toda a estrutura. Quando isso acontece, nenhuma inovação surge. “Os processos criativos geralmente acabam sendo gerados após um desconforto”, explica Nakada.

Acompanhar o desenvolvimento do funcionário e da empresa, promovendo uma evolução constante de ambos, ajuda a mudar a forma de encarar os problemas. “Eles sempre vão existir”, afirma Nakada. “A implantação de um novo sistema de gestão ou de logística, por exemplo, não significa que os problemas vão acabar de vez. Aquelas dificuldades vão embora, mas surgirão outras. É esse olhar que precisa ser frequente para se ter um espaço de discussão, no qual as novas soluções sejam criadas”, completa o consultor. Há, portanto, muitas vantagens em transformar as dificuldades em alavancas positivas para o negócio e os colaboradores.  É por isso que o escritor Shinyashiki vê o sucesso vindo de questões problemáticas. “Você tem que crescer quando os problemas surgem”, recomenda.

Amigo do Problema

As empresas têm papel importante para ajudar os funcionários a enfrentar o medo de problemas. Para Nakada, é preciso incentivar uma discussão aberta, envolvendo todos os times, e não apenas setores específicos. Mas essa mudança precisa vir de cima para baixo. “O corpo diretivo deve estimular, além da solução de problemas, a abertura a novas ideias. Desse modo, o profissional acaba se sentindo à vontade para expor algo que pode ajudar sua área e as demais”, afirma o consultor.

Ao compartilhar problemas, o senso coletivo ganha força. “Essa sinergia é fundamental porque acaba com a cultura de buscar um culpado. A ideia não é fazer uma caça às bruxas”, completa Nakada.

Entre as iniciativas para criar um ambiente favorável à discussão, segundo a consultora Maria Amália, estão conhecer bem o papel de cada integrante e ter conhecimento dos objetivos a ser alcançados. Também é essencial entender o quanto as diferenças contribuem para integrar os mais variados pontos de vista e habilidades. Soma-se a isso o trabalho em equipe, com todos entendendo que o sucesso de uma empreitada acontece quando as competências são somadas.

Segurança da informação: 3 motivos para ter um CSO

Para o portal DXC Techology/ IT Forum 365, a gerente de mercado da Produtive, Tatiana Penteado, discorre sobre a importância de ter um profissional que trabalhe para proteger os dados e informações da empresa.

itforum   dxctechonology

Especializado em planejar, definir e implementar estratégias de segurança, CSO auxilia na conscientização dos funcionários; até 2002, faltarão 185 mil de profissionais só na América Latina

As companhias brasileiras têm sentido a evolução – em números e sofisticação – dos ataques cibernéticos, segundo o estudo Global Information Security Workforce Study (GISWS), feito com mais de nove mil profissionais de segurança da informação em 170 países. A pesquisa mostra que 70% das organizações não têm o número suficiente de profissionais de segurança para enfrentar os desafios com os quais se deparam atualmente. Além disso, o gap de talentos nessa área deve atingir 1,8 milhão em 2022, um aumento de 20% em relação a 2015. Na América Latina, a escassez deve chegar a 185 mil profissionais até 2022.

Diante desse cenário, a busca por mão de obra especializada em cibersegurança, como o Chief Security Officer (CSO), deve entrar na agenda do CIO, como explica Tatiana Penteado, gerente de mercado da Produtive, consultoria de transição e planejamento de carreira. Segundo ela, esse profissional é o mais habilitado para planejar, definir e implementar estratégias de segurança. “O CSO é essencial para manter a proteção da empresa, já que sua função é ficar, exclusivamente, atento a tudo o que acontece, pensando nos riscos possíveis e em como proteger o negócio”.

Veja, a seguir, mais três motivos para ter um CSO:

1. Cultura organizacional
A segurança de uma empresa representa muito mais do que sistemas de monitoramento, antivírus e detectores de invasão: deve ser incorporada em cada área e é reflexo do comportamento dos funcionários. “Profissionais que atuam na administração de pagamentos, por exemplo, cuidam de informações extremamente confidenciais e precisam saber o que pode ser compartilhado e de que maneira tratar os dados”, ressalta Tatiana. De acordo com ela, parte do papel do CSO é conscientizar os profissionais sobre o que é seguro ou não e quais as responsabilidades de cada um na proteção da companhia.

2. Prevenção e riscos
O CSO é o responsável por entender as informações que circulam na empresa e qual o nível de importância de cada uma. Com esse mapeamento, consegue fazer um levantamento dos possíveis riscos para definir como essas informações devem ser protegidas e quais passos devem ser seguidos. “Ter uma boa estratégia de prevenção é essencial para evitar prejuízos financeiros e organizacionais”, afirma Tatiana.

3. Combate aos ataques
No caso de uma invasão, o CSO é o mais preparado para colocar em prática um plano de ação, utilizando, de forma ágil, as soluções certas para combater os hackers. “É um profissional que pensa no antes – para prevenir o problema – e no depois – para minimizar os danos e prejuízos caso o ataque aconteça”, afirma.

Para o processo de recrutamento ser eficaz, Tatiana ressalta que é essencial buscar um profissional  ágil, que conheça profundamente as ferramentas de inovação, como Big Data, Inteligência Artificial e IoT, além de ter perfil para trabalhar em equipe, perto de todas as áreas de negócio. “É essencial que o CSO se relacione e entenda os processos de cada setor – financeiro, marketing, RH e comercial – para pensar na melhor forma de proteger cada um”.

Crise intensifica substituição “cirúrgica” de profissionais nas empresas

fonte: pixabay

Em entrevista à Gazeta do Povo, Rafael Souto, CEO da Produtive, fala sobre o perfil das contratações e como os profissionais podem aproveitar o contexto atual para se destacarem nas empresas. 

gazetdopovo

A crise econômica impôs uma cara nova à dança das cadeiras no mercado de trabalho. Se há cinco anos a rotatividade intensa era sinal de um mercado aquecido, em expansão e cheio de novas oportunidades, hoje a tônica é a substituição “cirúrgica” de profissionais nas empresas.

Em 2012, a troca espontânea de emprego bateu recorde no país. Preocupadas com o apagão de talentos, as empresas disputavam profissionais “na unha”, com salários e bônus gordos. No mercado corporativo, aproximadamente 75% das vagas eram de abertura de novas posições, com as empresas expandindo fortemente os seus times, segundo levantamento interno da consultoria de recrutamento Michael Page. Mas a recessão econômica se encarregou de reverter esse cenário: além do desemprego, que também chegou aos cargos executivos, hoje, 90% das vagas são de substituição de profissionais – em períodos normais de mercado, esse índice oscila entre 20% e 30%.

Para sobreviver à crise, o movimento instintivo da maioria das empresas foi olhar para dentro de casa e cortar na própria carne. “Quando a gente olha para o motivo das substituições a gente vê, muito claramente, um enxugamento de níveis nas empresas, com uma busca muito forte por eficiência, redução de custos e da distância entre a base e o topo da hierarquia empresarial para acelerar a tomada de decisões”, afirma Humberto Wahraftig, gerente executivo da Michael Page.

Na prática, o que se viu foi após o corte de posições foi o surgimento de equipes mais enxutas com profissionais, em geral mais experientes, assumindo várias funções e responsabilidades. Um gerente de compras, um de logística e um de produção viraram, muitas vezes, apenas um gerente industrial que agora cuida de tudo, segundo Wahraftig. Além disso, “se antes se contratava profissionais com salário maior do que a qualificação, hoje eu consigo trazer pessoas mais qualificadas com um salário um pouco menor”, afirma.

Conforme Rafael Souto, CEO da Produtive Carreira e Conexões com o Mercado, depois do enxugamento e reestruturação das equipes em 2014 e 2015, 2016 foi o ano de testar os sobreviventes, como ele define os profissionais que receberam um voto de confiança para permanecer nas empresas e estão tendo que fazer mais com muito menos. Quem não dá conta, tende a ser substituído.

Quem está no radar dos recrutadores em 2017

“As empresas estão buscando profissionais que pensem com a ‘cabeça do dono’, que se interessem pelo conjunto do negócio e sejam proativos, acima de tudo”, detalha Souto.

São pessoas com esse perfil que devem atrair a atenção dos recrutadores neste ano em que a substituição de posições ainda vai predominar no mercado corporativo. No horizonte, contudo, alguns sinais positivos vindos da área econômica já permitem uma pequena dose de otimismo. Wahraftig, da Michael Page, afirma que tem muita empresa falando de um crescimento de 15% a 20% em relação ao ano passado. “Parece um número alto, mas é sobre uma base baixa”, diz.

Um levantamento feito pela Produtive mapeou a abertura de 4.132 oportunidades nos mercados do Sul e Sudeste no segundo semestre de 2016, número 4,87% maior do que o observado em 2015. Embora a variação seja pequena, ela sinaliza uma tendência de melhora do mercado de trabalho em 2017, analisa Souto.

“Mesmo considerando que são posições de substituição, houve uma mudança no perfil de vaga buscada do último trimestre de 2016 para cá que sinaliza outra postura das empresas. Antes, eram posições mais concentradas nas áreas financeiras, orçamento e custo, o pitbull do cofre. Agora, as posições comerciais, de marketing e vendas estão reaparecendo”, afirma o CEO da Produtive.

Na dança das cadeiras do mercado executivo…

Quem sai

Um cenário hostil de crise acaba expondo profissionais menos eficientes e preparados que se escondiam atrás dos bons resultados. Pelo lado da qualificação técnica, tendem a sair os profissionais que não conseguem lidar com um cenário de mercado mais adverso e desafiador, entregando os melhores resultados dentro do possível. O lado comportamental também pesou bastante, segundo os recrutadores. “Às vezes o profissional até tem todas as competências técnicas necessárias para fazer o negócio funcionar, mas não consegue buscar mais forças, lidar com a pressão, pensar fora da caixa. Começa a colocar a culpa no cenário, no mercado. E aí esse profissional que está num momento mais negativo acaba influenciando negativamente a equipe também”, detalha Humberto Wahraftig, gerente executivo da Michael Page.

Quem fica

Ficam os profissionais que conseguem entregar bons resultados apesar do cenário adverso, seja reduzindo despesas ou aumentando receitas. O perfil é o de alguém que além de muito conhecimento técnico sobre o negócio, consegue ler o momento e buscar soluções para a empresa, mesmo dentro de funções muito específicas às vezes. São profissionais que conseguem entregar resultados, mas sem um excesso de autopromoção, trabalham muito bem em equipe e são proativos na busca de respostas que não sejam tão óbvias ou que encontrem maneiras diferentes de entregar um bom resultado.