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Segue matéria publicada em 16 de julho no Estadão com entrevista de Rafael Souto:

Estudo aponta que os jovens com trinta anos estão insatisfeitos e só trabalham para sobreviver; especialistas dão dicas para evitar crise

Pesquisa indica que 52% dos jovens brasileiros com 30 anos estão frustrados com a carreira, trabalham para sobreviver e não fazem o que gostam. O estudo ‘Projeto 30’, feito pela Giacometti Comunicação, ouviu 1.200 pessoas dessa faixa etária.

“A baixa ‘criticidade’ de pensamento na fase escolar, somada a escolhas vocacionais equivocadas, resultam em trintões insatisfeitos com a vida profissional”, diz o coordenador do estudo, Dennis Giacometti.

Pelo levantamento, apenas 16% dos jovens das classes A e B e 15% da classe C estão realizados com o trabalho, enquanto 9% dos entrevistados de alta renda e 10% da classe C aceitariam ganhar menos para ter mais qualidade de vida. 26% dos entrevistados das classes A e B gostariam de ter uma profissão que proporcionasse mais realização. Esse sentimento é compartilhado por 28% dos pertencentes à classe C.

Giacometti diz que esses jovens podem estar conectados a tudo, menos a eles mesmos. “A ausência de autoconhecimento faz com que se deixem levar por influência de terceiros. Por não serem autores das próprias vidas, as escolhas, na maioria das vezes, são enganos.”

CEO da consultoria de recolocação profissional Produtive, Rafael Souto diz que as pessoas planejam pouco a carreira. “Elas vão indo muito pelo que aparece e olham mais a questão financeira – e a pesquisa mostra que 86% buscam isso –, mas essa não é uma estratégia sustentável de carreira. Tanto que 52% estão frustrados. Esse dado reflete o que verifico no dia a dia.”

Souto afirma que essa é uma dinâmica perversa. “As pessoas se preocupam com a estabilidade financeira e deixam de analisar o quanto aquele projeto vai impactar no nível de felicidade, satisfação e realização.”

Segundo ele, não adianta fazer gestão de carreira priorizando o dinheiro. O dinheiro é um componente importante, mas precisa vir acompanhado de identificação com a empresa, com o trabalho e com a área de atuação para que o trinômio empresa, atividade e dinheiro funcione. Se estiver desequilibrado, haverá insatisfação.”

O caso de Gabriele Costa Garcia ilustra o que foi constatado pelo estudo da Giacometti. Depois de trabalhar dez anos em um grande escritório de advocacia de São Paulo, a advogada trocou a carreira por um trabalho voltado à transformação social.

A jovem de 30 anos afirma que hoje está mais feliz e completa. “Tinha salário bacana, estabilidade e possibilidade de ascensão, mas estava infeliz. Acho importante realizar um trabalho que tenha significado para nós e para o mundo.”

Ela conta que no escritório participava do conselho de responsabilidade social e cuidava de casos gratuitos oferecidos às organizações sem fins lucrativos. Percebi que queria migrar para esse campo”, diz.

Quando isso ocorreu, Gabriele fazia pós-graduação em direito societário na FGV. “Fiz meu TCC avaliando como a responsabilidade social das empresas eleva a marca e faz com que ela seja mais reconhecida”, conta.

Em abril de 2014, ela e o marido, Felipe Brescansini, que abandonou o posto de diretor de marketing em uma empresa, fundaram a Think Twice Brasil, instituição sem fins lucrativos que usa a empatia para discutir equidade de gênero, igualdade social, responsabilidade das empresas e consumo consciente.

Antes de desenvolverem os programas que hoje são aplicados em empresas, escolas e universidades, eles viajaram durante 400 dias por 40 países que têm os menores Índices de Desenvolvimento Humano.
“Tínhamos de compreender e viver na prática os principais problemas sociais que queremos solucionar.

Fizemos pesquisa extensa sobre desigualdade social e de gênero. Nossos relatos, fotos e vídeos estão disponíveis em nosso site wwwthinktwicebrasil.org.” No momento, Gabriele está negociando a aplicação de um dos programas na Fundação Casa.

Outro jovem de 30 anos que fez de tudo para fugir da frustração profissional é Igor Morais. “Quando prestei vestibular, passei em engenharia da computação e em engenharia de produção, em universidades públicas do Pará”, conta.

Ele começou a cursar as duas. No meio do ano largou uma e no final do ano, a outra. Em seguida, começou a fazer publicidade. No terceiro ano, conseguiu transferência para a USP.

“Mas as grades eram muito diferentes. Só aproveitei quatro disciplinas e comecei novamente o curso.”
Depois de um intercâmbio em Madrid, Igor deixou publicidade quando faltava pouco para concluir e foi cursar atuação na SP Escola de Teatro. “Tinha mergulhado em um limbo tentando me encontrar, até me identificar com a carreira de ator. Hoje, pertenço ao grupo teatral Àtropical e encenamos nossa segunda peça, também tenho atuado em comerciais e estou realizado.”

Autoconhecimento é saída para evitar erro

Uma das dicas da consultora em desenvolvimento de pessoas e carreira, Maria do Carmo Marini, para fugir da frustração profissional é investir no autoconhecimento. “Saber mais sobre você e suas características intrínsecas abre possibilidades impensadas. Outra coisa, trabalhe em uma empresa cuja cultura e valores estejam de acordo com o que acredita e valoriza.”

Ela diz que trabalhar em projetos desafiadores, que tragam novos aprendizados proporciona satisfação. “Participe de grupos de estudos, pesquisas e compartilhamento de experiências, especialmente com colegas e líderes. Além disso, procure ter um mentor experiente e bem relacionado para ajudá-lo a fazer escolhas inteligentes.”

Por outro lado, ela diz que as empresas podem adotar medidas para manter a equipe feliz. “Pague bem, crie oportunidades para que eles passem por processo de autoconhecimento, orientação de carreira, coaching e mentoria. Dê feedbacks construtivos e seja um líder ético, amigável e aberto a ouvir sugestões”, recomenda.

Fundo do poço. Graduado em gestão pública, Marcos Silveira trabalhou seis anos em uma consultoria. Com o tempo, notou que o trabalho realizado nos gabinetes estava distante da população e do que ocorria em escolas e postos de saúde.

“Tive uma grande crise pessoal e de identidade. Recolhi os cacos para montar minha própria empresa, a Datapedia que está em operação há um ano.”

O jovem de 30 anos explica que sua empresa organiza todos os dados de fontes públicas oficiais. “Unificamos e organizamos as informações de forma didática, para que possam ser usadas para pautar planos de governo e de empresas.”

A Datapedia presta consultoria a um instituto e já ajudou empreendedores a montarem plano de negócio a partir da análise de dados. “Fechamos contrato com um candidato à prefeitura de Timon, quarta maior cidade do Maranhão. Fornecemos relatório técnico contendo dados da cidade como a situação de renda da população, número de mães adolescentes etc.”

Silveira afirma que hoje está recuperado e afirma ter sido muito bom desconstruir uma imagem de perfeição ou de felicidade plena que costuma ser vendida aos mais jovens.

“A vida não é feita só de sucesso. Pelo contrário, é a partir de altos e baixos que nos construímos como seres humanos. Identificar nossas principais indignações nos ajuda a construir um propósito. Hoje, entendo que o erro é natural e é preciso dar a cara a bater.”

Quando a frustração começou a rondar a vida do urbanista Marcelo Rebelo, ele viu que era hora de deixar a estabilidade do emprego público e encarar o desafio de implementar um plano que tentara oferecer à prefeitura de São Paulo.

“O trabalho não me motivava o suficiente pra eu desejar ficar o resto da vida. Saí para criar a empresa Praças. Hoje, trabalho no setor 2,5 que está entre o privado e o terceiro setor (ONG), no qual estão enquadrados os negócios sociais.”

Segundo ele, sua empresa promove revitalizações coletivas de praças por meio do site www.pracas.com.br. “Usamos a plataforma para entender a demanda da população e desenvolver um processo de cocriação do projeto de revitalização. É muito mais prático e abrangente do que promover audiência pública.”

Rebelo, por meio da Praças, é responsável por articular a aprovação do projeto junto à prefeitura e ir atrás de financiadores para realizar a melhoria.”

Mesmo ganhando menos, o jovem de 30 anos está feliz. “Estou tocando um projeto que faz sentido e no qual eu acredito. É gratificante ver minha ideia sendo implantada. Já recuperei o investimento inicial e a empresa já se sustenta. Temos mais de 80 praças que estão demandando nossa atuação”, conta.

RAFAEL

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Matéria veiculada no Caderno Empregos & Carreiras do Estadão deste domingo, 19, com entrevista de Rafael Souto. A reportagem conta ainda com participação de Leandro Pleszezak Barbosa, assessorado da Produtive:

Habilidades interpessoais, claro, são relevantes para o mercado de trabalho. Resiliência, colaboração e comunicação são algumas dessas soft skills requisitadas para profissionais de diferentes cargos e setores. No entanto, neste mundo online, competências mais tecnológicas e digitais, como experimentação, análise, interpretação de dados e pensamento criativo ganham importância e se destacam na trajetória profissional.

A empresa de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing Accenture realiza anualmente um estudo para apresentar as tendências de tecnologia nos próximos ano, incluindo competências profissionais necessárias para trabalhar com elas.

Para o diretor executivo de estratégia de tecnologia da Accenture, Paulo Ossamu, é necessário entender qual o impacto dessas novas tecnologias e o quanto as pessoas estão preparadas para encará-las.

Dentre as tendências destacadas no estudo, ele evidencia a automação inteligente, que, diz ele, trata-se de potencializar a capacidade humana de usar novas tecnologias. “Com tanta informação é preciso ter máquinas inteligentes para fazer a análise”, afirma.

Competência digital. Assim, dados da última pesquisa The Future of Cognitive Computing, feita com 1.770 gerentes de 42 países, sendo 159 do Brasil, mostram que para 42% dos entrevistados as competência digitais e tecnológicas são consideradas muito importantes para o sucesso da carreira nos próximos cinco anos, além de habilidades como pensamento criativo e experimentação (33%), análise de dados e interpretação (31%) e desenvolvimento de estratégia (21%).

Para Ossamu, o resultado mostra que cada vez mais o profissional deverá ser dinâmico e aberto ao uso da tecnologia.

“Nos últimos anos, o mercado deu muita importância às habilidades interpessoais e pouco para as técnicas. Agora, busca profissionais com competências mais ligadas à tecnologia, mas também pessoas que estejam preparadas para a mudança e para adquirir softs skills.”

Para ele, o desafio das empresas é gerenciar esses dois mundos. “Não vai deixar de existir o perfil atual e nem vai ser tão revolucionário o novo, mas eles terão de coexistir e conviver.”

Engenheiro aeronáutico, Leandro Pleszezak Barbosa, de 36 anos, sempre trabalhou em companhias aéreas e em setores de serviços e operações. Liderando equipes, suas competências comportamentais sempre foram valorizadas, embora tivesse a técnica sempre ao seu lado, pela formação e área de atuação.

“Em minha carreira, a inovação tecnológica, análise e interpretação de dados sempre foram importantes.” Ele conta que, nos últimos quatro anos, quando passou a assumir funções mais seniores, começou a mesclar as habilidades interpessoais e as tecnológicas.

Hoje, ele participa de um projeto da startup 3DUX, especializada na impressão para fins médicos. Segundo Barbosa, durante o desenvolvimento do protótipo é preciso conhecer toda a tecnologia envolvida e ter pensamento criativo, experimentação, mas, também, é necessário conhecer as necessidades e dificuldades das pessoas. Para isso, ter habilidades de relacionamento é fundamental.

“Mesclar as competências me ajudou bastante na minha carreira. Provavelmente, minha trajetória não se desenvolveria se eu não tivesse uma competência ou outra.”

Para ele, o diferencial de carreira e exigência do mercado será de profissionais com competências técnicas, digitais e com habilidades de relacionamento interpessoal. “Não vejo o futuro sem as duas juntas”, diz.

De acordo com a master coach Liamar Fernandes, os dois tipos de competências se complementam. E, apesar de cada vez mais a tecnologia proporcionar agilidade e tempo real aos processos, é preciso ter pessoas para interpretá-los.

Executivo busca ação equilibrada

Equilibrar as competências é um dos desafios do gerente de estratégia de tecnologia da Accenture, Douglas Silva, de 36 anos. Ele é formado em engenharia de computação com mestrado em administração e inovação pela Universidade Stanford, Califórnia, nos Estados Unidos.

“Minha formação é técnica, mas ao assumir um cargo de liderança, percebi a importância de entender de gestão de pessoas e o mestrado ajudou.” Silva conta que passou a entender que conceitos como inovação, criatividade e experimentação são fundamentais no dia a dia do líder e da equipe.

Contudo, acredita que competências técnicas e interpessoais, como motivação e colaboração, devem ter o mesmo peso na carreira. “É importante saber se comunicar e motivar as pessoas para os desafios diários que exigem ideias criativas e inovadoras”, diz Silva.

Como lembra a master coach Liamar Fernandes, formada pela Sociedade Brasileira de Coaching, as habilidades técnicas não devem substituir as interpessoais. “É necessário ter conhecimento tecnológico, mas sempre precisaremos trocar informações, fazer networking e se relacionar. Há alguns anos ninguém se importava com conhecimento técnico, mas o formato de trabalho mudou e hoje essas competências são fundamentais assim como as soft skills”, diz.

“As relações são feitas com pessoas, por isso, as habilidades interpessoais devem caminhar lado a lado com as inovação e a criatividade.”

‘Trabalhador deve rever posicionamento de carreira’

“Acredito que, em breve, as competências técnicas serão tão importantes quanto as relacionais. A interpretação de dados, por exemplo, já faz parte de departamentos de recursos humanos. As áreas (de diferentes setores e empresas) caminham para que essas habilidades sejam cada vez mais necessárias. É uma mudança importante”, afirma o CEO da empresa focada em gestão de carreiras Produtive, Rafael Souto.

Ele observa que o mercado tem adicionado pedidos de competências tecnológicas em carreiras mais tradicionais, como as ligadas a recursos humanos. Segundo Souto, em 2015, 45% da empresas pediam profissionais com habilidades técnicas, contra 20% delas em 2014.

Avaliando essa transformação, o executivo considera que o profissional deve fazer uma revisão de posicionamento de carreira. “O mundo digital já está no dia a dia. Se o profissional não atua em uma empresa de tecnologia ou em áreas que exijam competências mais tecnológicas, outras áreas das companhias, no entanto, já estão buscando pessoas com esse perfil. É preciso tomar iniciativa e buscar conhecimento.”

Gap. De acordo com Souto, o gap de oportunidade do momento está nas questões tecnológicas, que, em muitos casos, se torna um diferencial competitivo na trajetória. Nas habilidades interpessoais, ele destaca a adaptabilidade, que está conectada à tecnológica. “É a capacidade de exploração do novo. O profissional do futuro tem de ter adaptabilidade e capacidade de investigar, ler o cenário, analisar as alternativas e se mover buscando alternativas.”

Para o executivo, com o passar dos anos, as competências técnicas e digitais ganharão força e as habilidades interpessoais vão se transformando. Por ora, acredita, habilidades ligadas a tecnologia são novas e diferenciais na carreira.

“Elas estão ganhando espaço, mas ainda são diferenciais. As interpessoais não mudam com o tempo, pois as empresas continuam precisando de profissionais com habilidades sociais e de comportamento.”

Atemporal. Na opinião de Souto, as habilidades comportamentais são atemporais, mesmo com todo o avanço e necessidade de competências técnicas e digitais, o mercado sempre precisará de profissionais com perfis diferentes, e afirma: “As habilidades são complementares, elas não competem”.

O CEO reforça que muitas empresas e segmentos pedem profissionais mais ligados à tecnologia, que entendam o novo mercado, a inovação, o digital e que tenham pensamento mais criativo.

LEANDRO

6 dicas para organizar o seu currículo

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Matéria veiculada em 16 de maio no Estadão com entrevista de André Ribeiro, Consultor de Carreira Sênior da Produtive:

Traçar objetivos

O consultor de carreira sênior da Produtive, André Ribeiro, é categórico em um ponto: um bom currículo só existe quando o candidato sabe onde quer chegar. “O primeiro passo é saber o que você quer da sua vida profissional. Onde quer chegar e o que quer fazer. Com isso em mente, você monta seu currículo balanceando as suas informações ao redor do seu foco”, avaliou. Ele destaca que fica mais fácil conseguir uma vaga no mercado quando há uma estratégia bem definida para atingir seu objetivo a médio e longo prazos (Textos: Guilherme Mazieiro, especial para o Estado).

Estrutura do currículo

A construção básica do currículo deve conter informações pessoais (nome, data de nascimento, endereço residencial e e-mail). “O importante é colocar todas as qualidades que você já adquiriu. Caso não fique claro, é um diferencial que a pessoa perde”, considerou a especialista em recursos humanos da Vagas.com, Patrícia Sampaio. A supervisora de assessoria de carreira da Catho, Larissa Meiglin, destaca que o currículo deve apresentar informações de modo fácil e objetivo. “Além do e-mail profissional, o candidato deve sempre deixar pelo menos dois telefones no currículo, mesmo que o segundo seja de outra pessoa, só para recados. É muito difícil que a empresa fique correndo atrás de um candidato”, disse.

Currículo tem que ter foto?

Os especialistas alertam que a foto no currículo deve ser usada apenas quando a vaga disputada exigeboa aparência. “A imagem que vai ser escolhida tem de ser boa. Não adianta nada ser aquela tirada das redes sociais. Precisa ser um pouco mais séria e de boa visibilidade, uma foto profissional”, considerou o consultor André Ribeiro. Ele alerta para o cuidado em selecionar a foto, afinal o objetivo é conseguir uma entrevista de emprego. “Não adianta forçar a barra com uma foto no currículo, pois o que vale é o conjunto de habilidades”, diz.

Conteúdo

Patrícia Sampaio ressalta que muitas vezes um candidato perde uma vaga em razão da falta de conteúdo. “Sempre tem algo para contar e mostrar o que sabe. O que falta, às vezes, é atenção para lembrar disso e destacar essas capacidades no currículo”, garante ela. Já o consultor André Ribeiro lembra que algumas empresas procuram justamente quem não tem experiência. “Todo mundo já fez um curso ou atividade paralela que pode ser um diferencial para o empregador. Muitas pessoas buscam, justamente, alguém sem experiência”, considerou Ribeiro.

Tamanho

De acordo com os especialistas,as plataformas virtuais permitem um currículo maior, com mais de duas páginas. Nesse meio, a divulgação de conteúdo deve ser mais detalhada e elaborada. “É necessário ter mais cuidado para não ser repetitivo e fazer um material pobre. O bom senso sempre deve prevalecer”, afirma Patrícia. Já as versões impressas continuam a ter como regra o limite de até duas folhas. “Recomendamos que o candidato foque nos últimos cinco empregos ou nos últimos dez anos de vida profissional, é um cartão de visitas bem feito. Qualquer informação além disso pode ser tratada na entrevista”, destacou Ribeiro.

Entrevista

Se portar bem em uma entrevista é um ponto-chave para garantir um bom emprego. Aqui a principaldica é quanto à vestimenta – sempre de acordo com a ocasião, formal – e a forma de se comunicar. Gírias e palavrões não devem ser ditos. “O mais importante para as empresas são as qualificações que tenham relação com a vaga. Mas o restante conta como diferencial. Um intercâmbio, por exemplo, sugere que você é capaz de lidar com pessoas de outra cultura e idioma. Trabalhos voluntários indicam que você tem interesse em agregar valor à comunidade”.