Estamos vivendo um momento de rápidas transformações nos modelos de negócios e no mundo, de forma geral, principalmente pelo fortalecimento e avanço tecnológico, o que impacta diretamente nas relações do trabalho e na reinvenção das profissões. Uma das pautas que tem surgido nas empresas para acompanhar essas mudanças é o redesenho organizacional. Afinal, as expectativas dos profissionais e das empresas passam a ser diferentes neste novo mundo do trabalho.
Para debater sobre este caldeirão de mudanças, a Produtive organizou um evento, o Reinvenção das Organizações, no finalzinho de agosto, e contou com as participações de grandes nomes da área de Recursos Humanos e conhecedores profundos do tema Carreira, como Vanessa Vieira, Gerente Executiva de Comunicação da EDP, Cassia Hiramoto, Executiva de RH, Gustavo Leme, Diretor de Gente & Gestão & Comunicação – Vedacit (Grupo Baumgart), Fernanda Pires, Diretora de RH da EDP, Antonio Ferreira, Diretor Regional de Recursos Humanos da Epson, além do nosso CEO, Rafael Souto, grande embaixador do tema carreira nas organizações.
Na ocasião, foi aplicada uma pesquisa com o público presente, composto por profissionais de RH e decisores nas empresas, com o intuito de levar a conhecimento o que tem sido tratado nas empresas como prioridade.
Nesse sentido, 49% dos participantes percebem que o redesenho organizacional é importante, mas ainda não é considerado como prioridade em relação a outras ações de negócio; já para 30% esta é uma ação que não está na pauta; e segundo 21%, o tema tem alta prioridade nas organizações.
Resultado que difere em relação à opinião pessoal dos profissionais que estiveram presentes no evento e que veem (76%) o redesenho organizacional como prioritário, contra 16% que afirmaram ser uma das últimas ações da lista e, por fim, 8% dizem que é algo longe de ser prioridade.
“O enxugamento das posições, a diminuição ou a inexistência de um modelo linear de crescimento, e o fortalecimento de carreira horizontal permeiam esse novo rumo do trabalho e é por isso que muitos profissionais da área de Recursos Humanos estão pensando em soluções que vão ao encontro dessas mudanças”, reforçou o CEO da Produtive.
A outra parte da pesquisa buscou saber sobre a preparação da gestão e lideranças em engajarem os colaboradores e lidarem com esse novo mundo do trabalho, e também as expectativas que os profissionais têm em relação às suas carreiras nas empresas.
Considerando que, atualmente, as organizações têm colaboradores mais questionadores e com mais expectativas profissionais, e que a falar sobre carreira é fundamental neste engajamento, de acordo com o público presente, 84% entende que os líderes ainda não estão preparados para dialogar sobre carreira; contra 15% que diz que boa parte dos gestores está preparada; e apenas 1% afirma que esses profissionais em cadeiras de gestão estão preparados.
Sobre o tradicional plano de carreira desenhado pela empresa e oferecido ao funcionário como forma de garantir um crescimento linear na organização, 74% das pessoas participantes do evento disseram que os funcionários ainda esperam e são dependentes dessa condução; seguido por 21% que afirmaram que a maior parte ainda espera por um plano de carreira; e apenas 5% percebem que os profissionais são protagonistas de suas carreiras e não dependem dessa decisão da empresa.
Segundo Rafael Souto, algumas empresas já fizeram profundas revoluções nesse modelo, sendo que a hierarquia clássica deixou de existir. “Um exemplo disso é que os colaboradores passam a trabalhar em grupos e projetos e são valorizados pela entrega das atividades e não pelo cargo que ocupam. Isso pode parecer uma realidade bem distante para a maioria das organizações, mas é um sinal dos novos tempos. Por isso, se quisermos falar em inovação e contarmos com pessoas talentosas, teremos de repensar a forma de trabalho e mostrar com as ferramentas certas que o profissional precisa se tornar protagonista de sua carreira”.
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