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Como decidir qual pós-graduação combina mais com sua carreira?

RH para Você 

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Especialização, MBA, mestrado, doutorado. Não faltam opções de cursos aos que desejam avançar na carreira e, por isso, ficam as dúvidas sobre qual escolher. A educação se divide em duas categorias principais: lato sensu e stricto sensu, mas, mesmo dentro desses dois guarda-chuvas, há um cardápio de temas, formatos, estilos, metodologias e propósitos a serem levados em consideração no momento da escolha.

Segundo Claudia Monari, consultora sênior de carreira da Produtive, a decisão precisa ser pensada de acordo com o planejamento de carreira de cada um. “Primeiramente é necessário desenhar qual seria a ideal. Friso que não há certo ou errado, melhor ou pior. A partir daí, buscar um desenvolvimento mais adequado para o que quer no futuro”.

Como exemplo, destaca que se o objetivo é seguir como executiva (o) dentro de organizações, uma especialização ou MBA serão bem reconhecidos. Agora, se o profissional não tem o desejo em seguir uma posição de gestão, um mestrado pode contribuir bastante para o domínio, por exemplo, de sua área de atuação.

Para Claudia, se um executivo no auge da carreira decide fazer um mestrado acadêmico, pensando no futuro, a empresa pode vir a questioná-lo, tendo em mente que demandará tempo conciliar ambos. Porém, percebe um movimento de profissionais por volta dos 50 anos optando pelo mestrado como um investimento em uma segunda profissão.

“Isso geralmente é melhor encarado do que na faixa dos 35 anos. Precisa ser muito bem pensado. Sempre conversando internamente, qual momento, a perspectiva futura. Dialogar sobre carreira dentro da empresa é fundamental para que a pessoa se programe também em termos de desenvolvimento”, ressalta Claudia.

Promoção de cargo e de remuneração são dois fatores possivelmente no radar de quem investe na educação. Para a diretora de operações da Produtive, escolaridade e conhecimento são elementos fundamentais em qualquer profissão. “Passa a se obter maior empregabilidade, abre a visão, troca de experiências e começa a aplicar tudo isso no dia a dia. Não é de imediato, mas a médio ou longo prazo o profissional acaba crescendo”, pontua.

 

Pós-Graduação on-line facilita evolução profissional

Quanto mais especializações um profissional possui, maior a chance de conseguir melhores empregos e salários. Este é o resultado de uma pesquisa feita pela Produtive que foi publicada na Exame.com.

Com a ampliação das possibilidades de acesso ao ensino superior dos últimos anos, o que se observa é o aumento da concorrência por uma colocação no mercado de trabalho, bem como da exigência por elevados níveis de qualificação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do ano 2000 ao ano de 2010, o número de pessoas com curso superior subiu de 4,4% para 7,9% da população e a projeção é que esta margem ultrapasse os 15% dos brasileiros até o ano 2020.

Diante deste cenário, a busca por uma Pós-Graduação desponta como uma importante estratégia de diferenciação para alavancar a carreira dos profissionais de nível superior. Pesquisa divulgada pela consultoria de carreira Produtive (SP), afirma que possuir uma pós-graduação ou especialização possibilita uma média salarial até 70% superior dos que apresentam apenas a graduação. Além disso, as chances de empregabilidade tendem a aumentar consideravelmente.

A Coordenadora do Curso de Ciências Sociais do Centro Universitário Inta (UNINTA) e responsável pela coordenação pedagógicas da Pós EaD do UNINTA, Profa. Nayara Machado Melo Ponte, atesta a afirmação. “Atualmente, possuir um diploma de ensino superior não é mais suficiente para o sucesso profissional, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e necessita de profissionais mais qualificados para atender às demandas que estão cada vez mais exigentes’’.

Segundo a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), até o ano de 2023, o Brasil terá mais alunos estudando a distância do que nas salas de aula tradicionais. O dado é um sintoma das implicações do cotidiano, onde quem busca qualificação precisa enfrentar a falta de tempo, altos preços das mensalidades e o custo de estar presente em sala de aula.

Os profissionais que optam pela modalidade de pós-graduação a distância garantem flexibilidade dos horários e um custo menor nas mensalidades. De acordo com o censo da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), o valor médio caiu de 348 reais em 2012 para menos de 300 reais no ano de 2018. Em relação ao fator tempo, o estudante ganha à garantia que poderá assistir às aulas de qualquer lugar do mundo.

Pós-Graduação 100% Digital

Pensando em todas essas variáveis, o UNINTA implantou uma metodologia de ensino em EaD, a Pós-Digital, oferecida 100% online, com preços acessíveis e a credibilidade de uma instituição com 19 anos de tradição.

O UNINTA conta com um programa de EAD autorizado com nota máxima pelo MEC e uma estrutura que disponibiliza virtualmente ao estudante todo o material pedagógico, salas on-line para tirar dúvidas e trocar experiências com outros alunos, além de vídeo aulas atualizadas e chat em tempo real para eventuais explicações.

Esta estrutura é composta por estúdios modernos de gravação, edição e pós-produção, aliada a um corpo técnico qualificado e um projeto pedagógico construído por mestres e doutores. Desta forma, o UNINTA EAD acumula mais de 500 materiais produzidos entre impressos, multimídia e disponibilizados on-line, atendendo alunos distribuídos em seus mais de 100 polos de educação a distância espalhados por todo o Brasil e em seus parceiros estratégicos nos demais países de língua portuguesa, na África e Europa.

Atualmente são mais de 30 cursos de Pós-Graduação ofertados nas áreas da saúde, educação, gestão e exatas. Segundo a Direção geral do UNINTA, ainda em 2018, a instituição de ensino estará inaugurando o primeiro polo EAD nos Estados Unidos da América (EUA), no estado da Flórida.

Outro canudo

Para a revista Época, Rafael Souto, CEO da Produtive, explica a razão dos cursos de mestrado profissional terem se tornado destaque para jovens executivos traçarem uma ascensão rápida na carreira.

 

Como é comum a todo mundo que encerra um ciclo, quando se formou em engenharia elétrica, em 2009, Osmar Gesualdo Neto estabeleceu uma condição e uma meta para sua carreira dali para a frente. A condição era que não trabalharia como engenheiro; e a meta era crescer na área de gestão de empresas, na qual já atuava desde o estágio. Menos de dez anos depois, Neto pode dizer que atingiu seus objetivos. Teve duas promoções consecutivas na mesma empresa. Primeiro foi convidado a assumir um cargo de coordenador da área financeira na Cetip, a empresa que integra operações do mercado financeiro. Em 2016, foi promovido de novo, dessa vez a gerente de planejamento. Neste ano, aos 32 anos, Neto aceitou um convite para ser controller do banco Luso Brasileiro. “Nos últimos seis anos, além de eu alavancar a carreira, meu salário teve um incremento de 150%”, disse.

Neto atribui a melhora na vida profissional aos anos de formação contínua em instituições de peso. Mas disse que “o grande salto” veio depois de ter feito um mestrado profissional em administração em 2015, na Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp). O caminho seguido por ele tem sido trilhado por muitos jovens executivos, pessoas com até 30 anos que já passaram por cursos de Master of Business Administration (MBA) ou especialização e agora, de olho no topo da montanha corporativa, querem a formação oferecida pelos mestrados profissionais. “Cerca de 40% de nossos estudantes costumam ser promovidos e 18% relatam receber aumento salarial”, afirmou James Wright, reitor da Fundação Instituto de Administração (FIA). Responsável pelo programa do curso focado em gestão de negócios, Wright afirmou que as empresas do setor financeiro e as consultorias valorizam bastante esse aprendizado.

Regulamentados no país há duas décadas, os cursos de mestrado profissional são tutelados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação que avalia as instituições de ensino de mestrado e doutorado a cada quadriênio. Em janeiro deste ano, a Capes divulgou uma lista com os melhores programas. Dos 701 avaliados no final de 2017, 49 tiveram a nota máxima. Entre os excelentes estão os oferecidos em escolas de ensino superior de prestígio, como FGV, Insper, UNB e Udesc.

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A vantagem desse tipo de mestrado é oferecer ao aluno a chance de aprofundar seus estudos em assuntos que atendam a demandas do mercado e dar meios para a aplicação prática do tema examinado. A pesquisa no curso parte de um problema real e propõe soluções aplicáveis ao cotidiano nas empresas. A maioria dos alunos trabalha enquanto estuda, por isso as aulas são ministradas à noite, de duas a três vezes por semana, e aos sábados, o dia todo. Ao final, como nos mestrados acadêmicos, o aluno tem de apresentar uma dissertação escrita e fazer a defesa do projeto diante de uma banca.

Encarar um projeto desses não é fácil. Para ingressar nos programas com maior prestígio no Brasil é preciso ter conhecimento e persistência. Os candidatos passam por um processo rigoroso de seleção e cada vaga é disputada por pelo menos dois candidatos. “Selecionamos pessoas com no mínimo três anos de experiência prática. É essencial para acompanhar o nível elevado das temáticas”, afirmou Antonio Freitas, pró-reitor da FGV. Mesclar profissionais de áreas distintas é outra preocupação. “Buscamos formar um excelente networking para ampliar as discussões dos temas abordados”, completou Freitas.

A vantagem desse tipo de mestrado é a ligação mais estreita entre o objeto de estudo e a vida profissional com a perspectiva de promoção e aumentos salariais após o curso

Uma vez dentro, o candidato precisa estar com a conta bancária em ordem, pois o curso custa caro. Em alguns casos pode chegar a R$ 120 mil pelos dois anos do programa — e são raros os casos de bolsas de estudo ou de empresas que pagam parte dos custos para seus funcionários. Do ponto de vista pessoal, é um período intenso. Fora o tempo em sala de aula, cada professor recomenda livros e textos (muitos, obviamente, em inglês) para serem lidos e debatidos em classe. Alguns programas exigem, ainda, a participação do aluno em congressos e grupos de pesquisa. “Os estudantes relatam que a maior dificuldade é organizar suas agendas, dividir o tempo entre estudo, família e trabalho”, disse Rosileia Milagres, coordenadora do mestrado profissional na Fundação Dom Cabral. É preciso ter apoio da família, pois o aluno ficará um tempo longe de compromissos sociais e férias, e manter a mente equilibrada para enfrentar as pressões e as tentações de largar tudo. A maioria das empresas reconhece e apoia a iniciativa de quem faz um mestrado profissional — o que não significa que chefes peguem leve com o estudante.

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A economista Karine Córdoba Thurler, de 31 anos, sabe bem como é difícil conciliar esses papéis. Entre 2014 e 2016, quando fez mestrado de economia no Insper, ela praticamente abriu mão da vida pessoal. “Tirei férias para estudar para as provas e os domingos eram dedicados às leituras obrigatórias”, contou. Para complicar, a executiva se casou no meio do programa. “Foi desafiador planejar um casamento naquele momento. Pensei em trancar o curso, mas meu marido não deixou. Seu apoio foi fundamental”, lembrou. A solução foi transferir uma das disciplinas para o semestre seguinte e aproveitar o recesso escolar para curtir a lua de mel. Ao final, tudo deu certo e rendeu frutos. Funcionária do banco Santander desde 2007, no ano passado Thurler assumiu o cargo de vice-presidente de operações estruturadas (VP Structuring Treasury Corporate Sales) na instituição financeira. “O mestrado me deu a senioridade e o conhecimento para ocupar essa posição.”

Em alguns segmentos do mercado de trabalho, a titulação tem um peso maior do que em outros. “Empresas das áreas de finanças, administração, economia, marketing e gestão de negócios têm procurado mestres para compor seus quadros”, afirmou Daniel Faria, headhunter da consultoria Linco. O reconhecimento do mestrado profissional tem crescido no Brasil, especialmente depois da massificação dos cursos de MBA e de especialização na última década. “As organizações perceberam que o programa oferece uma consolidada base técnica para a resolução de problemas”, disse Rafael Souto, CEO da Produtive, empresa de recolocação de executivos. Além disso, mestres e doutores tendem a acrescentar na aproximação cada vez maior entre a academia e o mundo corporativo. “Com a hipercompetição, as companhias buscam um executivo com formação acadêmica sólida e vivência de mercado.” Souto aconselha os executivos a desenvolver uma estratégia de carreira para escolher o curso adequado. E dá a dica: “Ex-alunos de instituições conceituadas, como Insper, FGV, FIA, UFRJ, são mais valorizados”.

Consultores e professores afirmam que tão valiosa quanto o curso é a rede de contatos que os alunos fazem — e que deve ser utilizada depois, ao longo da carreira

Em outros países, essa modalidade de ensino também tem se destacado na formação superior executiva. Uma pesquisa feita pela associação internacional Graduate Management Admission Council (Gmac), uma organização sem fins lucrativos que reúne 223 escolas de negócios de pós-graduação em todo o mundo, com sede nos Estados Unidos, ouviu 11 mil ex-alunos para saber o impacto dos cursos de pós-graduação na carreira e no salário. A conclusão é que 79% dos estudantes estão empregados em corporações e 10% são empreendedores. Os postos ocupados em multinacionais (61%) seguem na liderança, em setores como produtos e serviços (20%), tecnologia (17%), finanças e contabilidade (15%). A maioria dos entrevistados afirmou que a educação focada em gestão fez progredir suas carreiras em um ritmo mais rápido do que a de colegas sem o diploma

Eric Leite, mestre em ciências, engenharia de sistemas e inteligência artificial pela Coppe-UFRJ, concluiu o mestrado aos 28 anos. “O curso teve um impacto brutal em minha carreira”, contou. Ao contrário de seus colegas de turma que já trabalhavam, Eric emendou a graduação com uma pós na escola francesa Arts et Métiers ParisTech, onde estudou robótica. Quando voltou ao Brasil, ingressou direto no mestrado. “Na metade do ciclo, fui contratado pela IBM e precisei me adaptar ao esquema puxado da dupla jornada.” Leite é enfático ao dizer que a base acadêmica de matemática e inteligência artificial o diferenciou em relação aos concorrentes. Com o título de mestre, saiu de consultor técnico para a gerência de uma multinacional, a White Martins. Aos 31 anos, ele gerencia uma equipe de cientistas de dados responsável pela implementação de soluções analíticas e de otimização em todos os setores da empresa.

Ângela Pêgas, sócia do escritório de São Paulo da consultoria internacional Egon Zehnder, acredita que o impacto de um mestrado profissional é sempre positivo, embora não se reflita em promoção ou aumento de salário imediatos. “As companhias estão mais cautelosas ao remunerar seus executivos. Os pacotes de contratação estão menos agressivos e com pouca margem de negociação.” Segundo Pêgas, isso acontece porque há mais profissionais qualificados disponíveis e, é claro, devido à crise econômica. Por isso, controlar a ansiedade no planejamento da carreira é importante. “Ingressar no mestrado com expectativas focadas em ascensão e ganho salarial é uma motivações equivocada”, alertou o headhunter Daniel Faria. “O curso é uma etapa de um processo de evolução na carreira, não um passaporte garantido para o sucesso.” Não adianta achar que o curso fará milagres.

As instituições de ensino tampouco prometem um bilhete dourado corporativo na forma de diploma. “Os estudantes adquirem novas expertises, as colocam em prática e daí vem a recompensa”, disse Regina Madalozzo, coordenadora do mestrado profissional em economia do Insper. Ainda assim, explicou Madalozzo, os formandos relatam um ganho efetivo salarial entre dois etrês anos após a conclusão do curso. Todos os reitores e coordenadores de programas são categóricos ao afirmar que o networking com colegas e professores é outro fator de alta contribuição profissional. O Insper incentiva os formados a continuar se relacionando após o término das aulas. “Trabalhamos para criar essa cultura. Construímos mecanismos para os ex-alunos conversarem por meio da escola e entre si”, contou Silvio Laban, coordenador do mestrado profissional em administração de negócios do Insper. Essa é uma característica valorizada pelos recrutadores. “Mestres costumam ser uma fonte de networking de altíssimo nível, o que pode se traduzir em negócios futuros”, afirmou a consultora Ângela Pêgas.

No mercado de trabalho, a titulação sozinha não garante a conquista de uma vaga. O CEO da Produtive, Rafael Souto, recomendou uma estratégia para segurar a ansiedade enquanto a recompensa não vem: “Use os conhecimentos adquiridos onde já trabalha, por meio de projetos laterais de carreira”. Souto também incentiva os executivos a pensar além dos cargos tradicionais do mundo corporativo. Nesse aspecto, muitos estudantes aproveitam o mestrado profissional como um movimento para empreender.

A psicóloga Malena Martelli, de 53 anos, vice-presidente de Recursos Humanos na Schneider Electric, empresa especializada em gerenciamento de energia e automação, atua como executiva desde o final dos anos 1990. Cumpriu todas as etapas de uma formação superior de qualidade, incluindo um MBA executivo internacional. “Foi a primeira e bem-sucedida iniciativa acadêmica de sair de RH e ingressar em gestão de negócios”, lembrou. Dali em diante, construiu uma carreira considerada de sucesso. Até que, em 2014, se afastou temporariamente do trabalho para cuidar do pai doente. Para não ficar desatualizada, Malena decidiu fazer um mestrado profissional em gestão de negócios. “Fui em busca de respostas para uma série de questionamentos que fazia em relação às empresas, ao mercado e a maneira de conduzir os negócios em corporações.” Na metade do programa, foi procurada pela Schneider e voltou ao jogo. Mas as reflexões feitas durante as aulas a acompanharam. Com todas as vantagens da bagagem profissional — algo que seus colegas de sala ainda estavam almejando —, o mestrado acabou proporcionando a Martelli a segurança para empreender. “Este é um plano para um futuro próximo: abrir minha própria consultoria com os valores defendidos em minha dissertação.”

Pós-graduação alavanca carreira e ajuda profissional a ganhar mais

Quem opta por fazer especialização, mestrado ou doutorado tem boas chances de aumentar sua remuneração. Rafael Souto, CEO da Produtive, explica como agregar valor em sua carreira por meio da especialização em publicação da Folha de São Paulo.

Pesquisas mostram que a remuneração de quem  fez uma pós-graduação lato (pós ou MBA) ou stricto sensu  (mestrado e doutorado) é maior que a de alguém  que tem só diploma universitário.

Há, também, diferenças entre níveis de pós-graduação. “Nossa última pesquisa mostrou que qualquer pós agrega valor, mas que, nos últimos anos,  houve valorização especial do mestrado e do doutorado”, diz Rafael Souto, presidente da Produtive, consultoria de carreiras.

O levantamento mais recente da consultoria apontou que, em 2015, a média salarial de um graduado foi R$ 6.096.  Quem fez uma pós (lato sensu) ganhava em média  R$ 10.620; e quem  tem mais de uma pós lato sensu, R$14.989.  Já um mestre ganhava em média  R$ 17.561.

A alta das especializações stricto sensu  passa pelo fato de as empresas terem começado a absorver esse tipo de profissional, antes associado à academia, afirma Souto.

“Antes era pouco relevante para uma organização contratar um executivo com doutorado. Hoje, com a hiperespecialização das carreiras, as empresas entendem que uma formação mais sólida pode ajudar”, afirma.

VEJA DICAS PARA ESCOLHER UMA PÓS

– Busque um curso que concilie  teoria e prática, apresentando situações comuns no mercado

– Pesquise escolas  em que haja possibilidade de intercâmbio, para conhecer outras formas de gestão

– Busque várias faculdades. Às vezes uma escola não tão conhecida pode ter excelência na área que você procura.

– Pesquise a trajetória de outras pessoas que já passaram pelo curso e veja se elas realmente cresceram na carreira

– Tente se conectar o máximo possível com os colegas; o networking é um dos pontos altos de qualquer pós ou MBA

– A pós deve ser um investimento também de tempo e pede dedicação; senão, se torna apenas algo a mais no currículo

– Veja a posição do curso e da instituição em rankings internacionais, uma garantia extra de qualidade.

 

Especialização garante salários até 90% mais altos

A consultora de carreira sênior da Produtive, Marcia Oliveira, discorre sobre a questão da especialização para o jornal Gazeta do Povo.

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Quanto mais especializações um profissional possui maior a chance de conseguir melhores empregos e salários mais altos.

Quando, em 2015, o advogado Andrhei Castilho Simioni fez sua primeira pós-graduação o resultado veio rápido: recebeu um aumento na remuneração de 7,5%. Hoje, ele cursa simultaneamente uma especialização na área de Direito e o MBA em Administração Pública, na Uninter. “Os conhecimentos adquiridos na especialização já estou aplicando no meu trabalho atual. Com o MBA o objetivo é me preparar para um cargo de gestão no futuro. Hoje, o profissional que quer se destacar precisa estar continuamente se qualificando, não dá para parar na primeira especialização.”

Casos como o de Andrhei estão cada vez mais comuns. O diretor da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter, Elton Ivan Schneider, explica que, considerando mercados como o de Curitiba e de grandes cidades, a pós-graduação já passou a ser um pré-requisito para quem quer encontrar uma boa vaga de emprego ou para os que almejam uma ascensão no trabalho. “Possuir uma especialização é um diferencial para concorrer às novas vagas, conquistar um cargo de chefia ou mesmo negociar um aumento.”, diz Schneider.

Além disso, observamos um cenário atual no qual o conhecimento muda muito rapidamente, exigindo atualização constante e contínua dos profissionais. “Pouco tempo atrás, as pessoas esperavam alguns anos após formadas para iniciar uma pós-graduação, hoje é comum que isso seja feito quase que sequencialmente. Não dá mais para deixar o tempo passar”.

Além dessa característica, a pós-graduação também é a oportunidade de realizar troca de experiências e de aumentar os contatos profissionais. “Durante o curso, o aluno irá ampliar a rede de relacionamentos. Com isso, é comum que consigam melhores oportunidades ainda durante o curso. Acontece muito de um colega indicar outro para uma oportunidade na empresa em que trabalha, por exemplo”, aponta Schneider.

Salários mais altos

Quando falamos de remuneração a importância da especialização fica ainda mais evidente. Segundo a última pesquisa salarial da Catho Online, de agosto de 2017, diretores e gerentes com pós-graduação ou MBA ganham 90% a mais do que os que concluíram apenas a graduação. No cargo de consultor e especialista a diferença também é grande: 85%.

Esse aumento tende a ser contínuo ao longo da carreira. Um estudo da consultoria Produtive observou, no período de um ano, que os profissionais graduados tiveram um acréscimo de 4,8% no salário nesse período, enquanto os que possuíam uma pós-graduação viram um aumento de 14,1% em sua remuneração e os com mais de uma especialização tiveram seus salários acrescidos em 17%. “O ganho acaba sendo consequência do melhor desempenho, alcançado pelo aumento do conhecimento técnico”, reforça Marcia Oliveira, que é consultora de carreira sênior da Produtive.

Marcia ressalta, ainda, que tanto o setor público quanto a iniciativa privada possuem políticas de remuneração que privilegiam a atualização constante do profissional. “Empresas de grande porte costumam ter regras e políticas de RH mais definidas. Com isso, as especializações são, sim, requisitos que melhoram a exposição e a chance de alcançar um cargo melhor.”

Quem deve buscar uma especialização

Os cursos de especialização trazem, em geral, perfis diferentes de alunos: o profissional que já está estável na carreira e quer buscar um conhecimento de interesse, muitas vezes fora da sua área de atuação; o que busca capacitação para conseguir um emprego e os que já estão no mercado, mas precisam potencializar sua carreira.

Schneider aponta também outro perfil de aluno da pós-graduação: quem está em busca de uma mudança de área. “Embora os cursos de especialização não habilitem a exercer uma nova profissão, em alguns casos possibilitam um redirecionamento de carreira dentro de uma mesma área de conhecimento”.

Para escolher o curso de pós-graduação mais indicado para sua necessidade, o profissional deve considerar seus objetivos de carreira. “É preciso procurar uma especialização na área em que quer se aperfeiçoar, visando alcançar determinado cargo. É isso que irá determinar o tipo de curso mais indicado entre especialização, pós-graduação, MBA, mestrado ou doutorado”, explica Schneider.

O poder da pós-graduação

O jornal Metro traz reportagem sobre pós-graduação, com as participações de Rafael Souto, CEO da Produtive, e de Marcia Oliveira, consultora de carreira sênior da empresa, que mostram as diferenças e os ganhos das especializações.

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Concluir o ensino superior já foi um diferencial na hora de se candidatar a uma vaga de emprego. Mas, com um mer­cado cada vez mais competi­tivo, fluência em línguas es­trangeiras e, principalmente, uma especialização renoma­da no currículo, se somam à lista de pré-requisitos. O siste­ma educacional parece aten­to a esse movimento: nos úl­timos quatro anos, houve um crescimento de 25% no nú­mero de programas de pós­-graduação no país, de acordo com dados do SNPG (Sistema Nacional da Pós-Graduação).

“Ser pós-graduado se tor­nou critério básico para as empresas no momento de se­leção”, explica a consultora de carreira sênior da Produti­ve, Marcia Oliveira.

Em uma crescente de op­ções, um objetivo definido é fundamental para não errar na escolha da pós. Os cursos de lato sensu e MBAs (Mas­ter of Business Administra­tion) afunilam a formação do estudante em direção a uma área mais específica de atuação. Marcia indica essas especializações para quem quer focar no mercado de trabalho, uma vez que a pós em stricto sensu tem mais peso na área acadêmica.

Felipe Mota, de 26 anos, é um dos que seguiu esse cami­nho para ter mais valoriza­ção na área administrativa. Formado em Administração de Empresas pela Universi­dade Federal Fluminense e, atualmente, no último ano do MBA em Marketing Es­tratégico na ESPM no Rio de Janeiro, Mota decidiu fazer uma especialização porque o mercado exigia ensinamen­tos que a faculdade forneceu de maneira superficial.

Em seu trabalho como analista de marketing na star­tup Trafega ele consegue apli­car o que aprende em sala de aula em seu dia a dia. “Nesse novo emprego, por exemplo, trabalho com marketing digi­tal e análise de redes. Minha faculdade nem sequer abor­dou isso. No meu MBA, tenho uma aula específica para esse ramo de negócio”, conta.

Mota avalia que fazer MBA está sendo um bom in­vestimento porque, além do aprendizado, as aulas o colo­cam em contato com pessoas de outras empresas e profes­sores renomados, o que po­de gerar até oportunidades na sua área de atuação.

Para quem deseja seguir na carreira acadêmica, os cursos de nível stricto sensu, como doutorado e mestra­do, são as opções mais indi­cadas. A duração pode ser de um a quatro anos e, no fim, o aluno obterá o diploma de mestre ou doutor. Contudo, existem também o mestrado e o doutorado profissionais, voltados para o mercado de trabalho e organizações pri­vadas e públicas.

“Esse investimento tem sido muito valorizado na ca­pacitação e estudos sobre o impacto positivo dos cursos para os profissionais mos­tram isso, uma vez que as empresas precisam de pes­soas integradas com o mer­cado e a academia”, obser­va Rafael Souto, CEO da Produtive.

Para o Presidente da Co­missão de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo, Fábio Daumas Nunes, o stric­to sensu não é importante apenas para a área acadêmi­ca. “Embora geralmente te­nha uma abordagem menos prática, o aprofundamento do conhecimento que ofere­ce é maior e contribui para a formação de um profissio­nal com bom raciocínio clí­nico, conhecedor dos proce­dimentos mais atualizados da literatura daquela área”, explica.

1. CONHECIMENTO MAIS ESPECÍFICO

Os assuntos que não foram aprofundados na graduação serão abordados na especialização, preparando o profissional para determinadas funções

2. NETWORK

As salas de aula de pós podem ter estudantes formados em outras áreas e inseridos no mercado de trabalho, o que torna possível a troca de informações e vagas de emprego

3. DIFERENCIAL EM SELEÇÕES

Os profissionais que realizam uma pós-graduação em que a área de estudo se relaciona com a vaga de trabalho pretendida têm vantagem no momento da seleção

4. AMPLIA O CONHECIMENTO

Na pós, o estudante pode se especializar em áreas diferentes da de sua formação, como se graduar em odontologia e fazer um MBA em marketing

5. VALORIZAÇÃO POSSÍVEL

De acordo com pesquisa da Catho Online, em 2013 – último levantamento –, 70% dos pós-graduados recebiam mais do que os outros profissionais sem essa formação

Fontes: Marcia Oliveira, consultora de carreira sênior da Produtive; Fábio Daumas Nunes, presidente da comissão de pós-graduação da USP.

Alternativas

Anota aí: para o coach profissional Jandher Gomes, se a pessoa quer se especializar de uma outra forma que não seja a pós-graduação, há cursos de curta duração, workshops, treinamentos. A dica da consultora de carreira sênior da Produtive, Márcia Oliveira, é tentar trabalhar em empresas com cursos internos ou faculdades corporativas. De acordo com um estudo realizado pela Deloitte, empresa de auditoria e consultoria empresarial, o número de organizações com equipes dedicadas à educação corporativa aumentou 42% em 2016.

4 passos para você escolher a pós-graduação certa

A diretora de operações da Produtive, Claudia Monari, fala sobre a escolha da especialização para o Guia de Pós-Graduação da Gazeta do Povo.

Da especialização ao mestrado profissional, as alternativas são imensas. Encontre o curso ideal para você

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Quando sai da faculdade, um enfermeiro logo nota que seu diploma não é suficiente para destaca-lo no mercado. Dados do Guia de Carreiras Catho mostram que 63% destes profissionais já possuem pós-graduação. É assim em qualquer área. E os que estudam mais chegam a ganhar mais.

Uma pesquisa da consultoria Produtive, realizada entre 2014 e 2015, revela que o ganho médio de quem tem uma especialização lato sensu é quase três vezes maior do que a remuneração daqueles com apenas o curso superior. Mas a quem quer começar o ano dando um “up” na carreira e escolher uma pós, a primeira dica é: faça uma pausa para ler sobre o assunto antes de dar o primeiro passo.

Pós-graduação não é tudo igual. Desde 1965, quando o Ministério da Educação regulamentou a modalidade no Brasil, as opções têm crescido muito, seguindo as transformações do mercado e as demandas dos profissionais. Um mestrado é ótimo, mas nem todo mundo quer seguir a área acadêmica. Por isso, existem as especializações comuns e os MBAs. Mas e se a pessoa quer atuar no mercado e pesquisar ao mesmo tempo – ser mestre e doutor futuramente? Para estes casos, existe o mestrado profissional. Viu? A gama de opções é grande. E aqui você encontra um guia prático que vai te ajudar a escolher o melhor caminho.

Abaixo, 4 passos para você escolher a pós-graduação certa:

1.ESPELHO, ESPELHO MEU

Como você se imagina daqui a alguns anos? Qual é o seu perfil? O que você quer? Por que quer o que quer? Escolher uma pós passa por responder estas questões e aprimorar o autoconhecimento. Mapeie suas competências, pontos fracos, predileções e projete uma trilha que caiba nesse conjunto. Depois, descubra o curso que combina contigo.

2.PREPARE O BOLSO E A AGENDA

Ir às aulas não basta para ter uma boa formação. Você vai precisar de tempo para aproveitar os encontros extracurriculares e produzir trabalhos acadêmicos. Pode ser que você precise fazer várias concessões na vida pessoal e no bolso, portanto, sua rotina, bem como sua vida financeira serão determinantes na escolha do curso. A trajetória pode ser difícil, mas não impossível. Bolsas, financiamentos estudantis e especializações à distância, por exemplo, são encontrados em boa parte das instituições do Paraná.

3.O BE-A-BÁ DA PÓS

Terminou a faculdade e já sabe o que quer? É hora de conferir as modalidades de pós e escolher.

Pós graduação lato sensu: corresponde às especializações comuns e aos MBAs.

Especialização X MBA

A especialização é uma pós que prepara o aluno para o mercado. Não está focada na área acadêmica. O MBA, abreviação de Master of Business Administration, é uma especialização voltada para os segmentos de negócios, marketing e gestão e com maior carga horária que os outros cursos da área.

A especialização comum pode durar de um ano a um ano e meio. O MBA precisa ter, no mínimo, 360 horas – o que dá aproximadamente 18 meses. No fim, o aluno recebe um certificado, mas não um diploma.

Por ser bastante denso, o MBA é indicado para quem já está formado há mais de dois anos e tem disponibilidade para se dedicar bastante.

O MBA é muito procurado não apenas por quem quer aprimorar seus conhecimentos, mas também por aqueles que buscam ampliar sua rede de contatos, trocar ideias e fazer networking.

Pós graduação stricto sensu: corresponde ao mestrado e ao doutorado. É voltada para quem quer seguir a área acadêmica – pesquisar, ser professor universitário. É bom lembrar que os mestrados e doutorados profissionais (modalidades novas no Brasil) também abrem espaço para o mercado de trabalho.

Para fazer doutorado, é preciso ter feito mestrado (com raras exceções). Na conclusão do mestrado, que, em geral, dura dois anos, o aluno deve apresentar uma dissertação sobre o tema no qual resolveu se aprofundar. Na conclusão do doutorado, que leva aproximadamente quatro anos, é preciso ter uma tese pronta. Nos dois casos, o aluno sai com diploma.

Mestrado e doutorado profissional

São modalidades stricto sensu, mas com uma perna no mercado. As aulas aliam uma perspectiva prática a uma abordagem teórica, preparando o aluno para atuar em sua área ao mesmo tempo em que o estudante produz material científico. O mestrado profissional foi regulamentado pelo MEC em 2009. O doutorado, no ano passado.

4.PESQUISE AO MÁXIMO

Gostou de uma especialização? Investigue a fundo o curso. Veja a grade curricular, converse com pessoas que já se formaram, mande e-mails para os professores e tire todas as suas dúvidas. Veja quem são os docentes e verifique a reputação da universidade: como o mercado recebe os profissionais que saíram daquela escola?

Cabe lembrar que em algumas pós-graduações, não há possibilidade de trancamento do curso. Se você desiste, sua matrícula é cancelada. Então, verifique isso antes de ingressar. E se quiser começar, tome fôlego e foque em não desistir.

Quem quer escolher um bom curso stricto sensu deve não apenas verificar a reputação da universidade, mas também a avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), agência do governo vinculada ao Ministério da Educação que gerencia as pesquisas científicas no pais. A nota vai de 3 a 7. Um mestrado nota 5 tem excelência nacional. As notas 6 e 7 são para pós de excelência internacional.

Fontes: Claudia Monari (diretora de operações da Produtive).Portal da Fundação Capes, Erika Lotz (coach e professora da Estácio Curitiba) e Adriane Sampaio Torres (gestora de Pós-Graduação Presencial da Opet).

Por que o mercado valoriza as novas movimentações profissionais?

Para a revista Você S/A, Rafael Souto, explica por que as diversas transições profissionais acontecem, como engenheiros que vão para vendas, médicos que viram gestores, administradores no setor de educação.

 

A paulistana Danielle Brants, de 32 anos, é formada em administração, mas fez carreira no mercado financeiro. Começou como analista de investimento no banco Morgan Stanley e chegou ao cargo de diretora associada de fusões e aquisições para a América Latina da General Electric (GE).

Hoje, é CEO da própria empresa, na área de educação e tecnologia, a Guten, uma plataforma de notícias que estimula a leitura e a compreensão de textos entre alunos do 4° ao 9° ano do Ensino Fundamental. Para Danielle, vocação é mais importante do que diploma de graduação. “Mas não basta seguir os instintos. É preciso estudar muito, mesmo que por conta própria, para entender as novas funções”, afirma.

Movimentações profissionais como a dela têm sido mais comuns. Engenheiros migram para vendas, economistas vão para recursos humanos, médicos assumem a administração do hospital. “É uma tendência haver um descolamento entre a formação acadêmica e as atividades em que a pessoa se desenvolve depois de graduada”, diz Rafael Souto, sócio fundador e presidente da consultoria Produtive.

O motivo mais evidente é que a escolha da profissão acontece muito cedo, por volta de 17 anos, e pode mudar tempos depois. “Atualmente, as companhias absorvem essa transição com facilidade, salvo em áreas muito técnicas, que exigem conhecimento específico e habilitação no conselho que regulamenta a atividade”, afirma Souto. “Há cada vez menos planos de carreira estáticos. O que existe são estruturas e cargos em que os funcionários navegam conforme as oportunidades aparecem.”

“O mercado financeiro me ensinou a ser resiliente e a ter disciplina e capacidade analítica, que fazem uma diferença enorme na minha atuação hoje”, diz Danielle, da Guten.

O perfil T

Não significa que o domínio da atividade não seja valorizado. “As companhias exigem profissionais hiperespecializados, com foco bem determinado e solidez nas atividades que fazem, mas capazes de desenvolver uma visão global”, diz Rafael Souto, da Produtive, definindo o que ele chama de profissional T. “Imagine a letra T. A linha vertical é a área de atuação em que você é bom. A horizontal é o seu desenvolvimento holístico, seu entendimento do todo, que funciona como um complemento.”

TRÊS PASSOS PARA A MUDANÇA

As oportunidades estão aí. Saiba como aproveitá-las.

1. Autoconhecimento. Antes de buscar ou aceitar uma transição, dentro ou fora da sua área de atuação, é importante saber se a sua vontade de mudar tem a ver com seus objetivos de vida ou é apenas frustração com o atual emprego.

Às vezes, as pessoas estão apenas em busca de se livrar de um culpado – o chefe, a empresa – e encontram os mesmos problemas na nova atuação.

2. Disposição para aprender. É preciso estar à vontade com a ideia de voltar várias casas no jogo. “São no mínimo dois anos para consolidar uma carreira em uma nova posição para então começar a ter crescimento e ser reconhecido”, afirma Rafael Souto, da Produtive.

3. Momento de vida. Antes dos 30 anos, é bem-vindo testar várias possibilidades. Depois, vale estudar a movimentação com mais critério, porque múltiplas experiências têm impactos maiores na vida profissional e pessoal. 

O economista Pedro Ivo Rodrigues de Campos, de 28 anos, consultor de novos negócios da operadora de planos de saúde Notre Dame- Intermédica, trabalhou no departamento de marketing do Corinthians logo depois de se formar.

Ele tinha 22 anos na época e achava que se desenvolveria no ramo de esportes. “Aquele era o meu momento de experimentar”, diz. Três anos e meio depois, voltou para o mercado financeiro e acabou desenvolvendo outro olhar para suas tarefas diárias. “Percebi que existem dezenas de possibilidades dentro de uma mesma área que demandam habilidades diferentes. E a que estou hoje me traz muita satisfação”, afirma. “Agora, eu dificilmente assumiria o risco de migrar para outro setor, porque tenho mais responsabilidades, como o casamento, a quitação do apartamento. Chega um momento em que, para fazer uma movimentação de carreira, você precisa levar em conta bem mais do que o simples desejo de mudar.”

Pós-graduação é fundamental para se destacar no mercado e crescer na carreira

O consultor de carreira sênior na Produtive, André Ribeiro, concede entrevista ao jornal Correio da Bahia sobre especialização acadêmica. 

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Se o diploma de curso superior já foi uma garantia de entrada no mercado de trabalho, hoje não é mais. Para ter a oportunidade de crescer dentro de uma área, principalmente em um cenário de recessão, é preciso mais bagagem e a pós-graduação pode ser um caminho para garantir esse espaço.

Além disso, o interesse das empresas por aqueles que investem em uma pós vai além do título. Segundo Renato Trindade, gerente da divisão de operações da Page Personnel – unidade de negócios que recruta profissionais de nível técnico e dá suporte à gerência -, esses “profissionais (com pós) são bem vistos porque continuam se especializando, dão atenção à carreira e estão de olho no futuro”.

André Ribeiro, consultor de carreira sênior da Produtive – Carreira e Conexões com o Mercado, chama atenção para a atual fase de “trabalhabilidade”. “É um cenário com um movimento de fechamento, fusões e ciclos mais curtos, o que leva o profissional a se ver mais vezes disponível no mercado”, diz. Segundo ele, é por isso que a ideia de se destacar nesse cenário ganha mais importância.  

Lato ou Stricto Sensu?

Segundo Carolina Spinola, pós-reitora de pós-graduação da Universidade Salvador – Unifacs, hoje não é tão nítido o padrão do Lato Sensu (especialização e MBA) estar relacionado apenas ao mercado e o Stricto Sensu (mestrado e doutorado) à academia. “Existem muitas pessoas procurando o Stricto Sensu como forma de diferenciação em seus currículos. Há também os mestrados profissionais que podem ser aplicados à realidade da empresa”, diz.

De acordo com André Ribeiro, os mestrados profissionais são mais direcionados. “Essa é uma área mais robusta, que vai ampliar a competitividade no mercado de trabalho”, diz. Como opção para quem quer seguir a carreira acadêmica, o mestrado ainda é o caminho a ser seguido.

Como escolher a pós

Afinidades: Não adianta escolher um curso apenas pela demanda do mercado. O importante é que o profissional saiba as suas afinidades e escolha algo que melhore o seu repertório.

Mercado: Existe uma infinidade de cursos que se relacionam e às vezes é difícil filtrar. Com uma pesquisa de mercado é possível descobrir o que está sendo demandado e isso pode ajudar na decisão.

Mestrado profissional:  Para quem quer ter uma formação mais completa e não deseja seguir a carreira acadêmica, existe a opção de um mestrado profissional. Com ele é possível aplicar o aprendizado à realidade da própria empresa, por exemplo.

Negócio: De Engenharia a Marketing, quem quer investir em um negócio precisa ter uma bagagem que muitas vezes não é oferecida na graduação. Uma pós em Administração ou Finanças, por exemplo, pode ajudar na gestão.

Disciplinas: Na hora da escolha vale se atentar às disciplinas. Isso norteará o resultado final do curso.

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Profissionais que buscam por especialização se valorizam

O estudo da Produtive, no qual mostra a relação entre cursos de especialização e remuneração, com a participação de Rafael Souto, CEO da Produtive, foi divulgado no Jornal Voz da Serra.

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Segundo estudo, pós-graduados tiveram aumento salarial de 14,1% em 2015

Nas últimas semanas um dos assuntos que têm circulado nas páginas de A VOZ DA SERRA é o sucesso profissional. Em matéria publicada na edição do Caderno Z sobre a busca pela qualificação, a colega Ana Borges destaca que, para ser bem sucedido em qualquer carreira, é fundamental fazer o que se gosta. Depois, ter em mente que o importante para o sucesso não é a área escolhida em si — mas a qualificação para exercer a profissão.

Seguindo linha parecida, a jornalista Karine Knust também falou sobre empreendedorismo em recente matéria, e deu exemplos de três jovens que deixaram a carteira assinada para virarem donos do próprio negócio. Essa tendência, apresentada por uma pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), também reforça que o mercado de trabalho pertence cada vez mais àqueles que não se acomodam, ou seja, buscam oportunidades e aperfeiçoamento profissional.

De acordo com um levantamento da consultoria Produtive, os profissionais com pós-graduação obtiveram aumento de 14,1% em 2015 em relação ao mesmo período de 2014. Executivos que investiram em mais de uma pós tiveram um aumento médio na remuneração um pouco maior: 17%; enquanto aqueles com apenas uma graduação obtiveram reajuste pouco expressivo, de 4,8%. O estudo da consultoria revela ainda o aumento de 27,2%, em 2015, na média de remuneração do grupo com mestrado em relação ao mesmo período de 2014. Enquanto no ano passado a média salarial desses profissionais era de R$ 13.804, neste ano o saldo na conta todos os meses passou a ser de R$ 17.561, isto é, R$ 3.757 a mais.

O resultado do levantamento é simples: investir em capacitação continua sendo uma boa estratégia de carreira.

Assim foi com a professora de educação física e personal trainner Renata Patrícia Pará, de 29 anos. Ela explica que em um cenário de crise econômica e alto índice de desemprego, fazer pós-graduação pode ser uma alternativa para turbinar o currículo e preparar o portfólio para um cenário mais próspero. “Me formei em licenciatura em Educação Física em 2011 e em bacharelado em 2013. Logo após o término da faculdade, dei início a uma especialização em Biomecânica e Fisiologia do Exercício. O objetivo era ampliar os meus conhecimentos, até porque, a cada dia surgem novas doenças, lesões e/ou métodos de trabalho para otimizar os resultados dos clientes (alunos). Mas, claro, busco também uma valorização maior, já que, se for comparar currículos, como geralmente acontece, o empregador contrata a pessoa com mais conhecimento técnico”, disse.

Renata conta que, apesar do complemento na formação, não sentiu a diferença no bolso ainda. “Não estou ganhando mais por conta da conclusão do curso mas, indiretamente, já fui beneficiada por ele. No meu trabalho como personal os alunos buscam professores com especialização”, diz ela, acrescentando que já está matriculada em uma segunda pós-graduação, agora em Musculação e Treinamento de Força.

Aos 23 anos de idade, a jovem jornalista Mariana de Souza Barros também resolveu dar um upgrade no currículo e, no início deste ano, se matriculou em um curso de Master of Business Administration, o popular MBA. “Hoje em dia a graduação, um curso de inglês não são mais diferenciais. Sei que para conseguir uma boa colocação no mercado preciso antes me qualificar e, por isso, estou fazendo uma especialização em assessoria”, afirma ela.

Diferencial competitivo

Para o professor e coordenador de Gestão Empresarial e Estratégias de Pessoas, Marcelo Verly, investir em uma pós-graduação é uma oportunidade de seguir avançando na carreira, à frente de outros profissionais que interrompem o desenvolvimento acadêmico. “À medida que cresce a complexidade do ambiente de negócios, com mudanças cada vez mais aceleradas, o surgimento de novas tecnologias, a disseminação do acesso à informação, entre outros fenômenos, são cada vez mais necessárias formações complementares e de alto nível, que auxiliem os profissionais a compreender esse novo mundo em que vivemos para melhor posicionamento, tanto seu, quanto das organizações em que atuam. Desenvolvimento da capacidade de análise crítica dos problemas que afetam o cotidiano das organizações, o conhecimento de novas ferramentas e metodologias gerenciais e a ampliação da rede de contatos são alguns dos benefícios diretos de um programa de pós-graduação, seja ele de especialização, MBA, mestrado ou doutorado”, explica.

Segundo Marcelo, o profissional que avança em sua formação, buscando graduar-se e aprofundar seus estudos através da pós-graduação, sinaliza para sua organização e para o mercado que está comprometido em ampliar suas competências, habilidades e atitudes de forma a otimizar sua capacidade de gerar resultados. “Em tempos de crise, trata-se de um enorme diferencial competitivo e que é levado em consideração pelos gestores de muitas empresas, principalmente aquelas mais profissionalizadas, que atuam em mercados cujo padrão de competitividade é mais acirrado”, conta

A relação direta entre nível de formação e remuneração foi o ponto destacado pelo professor. “Embora varie de região, setor econômico, porte da empresa etc, há várias pesquisas realizadas ao longo dos últimos anos comprovando a relação direta entre formação acadêmica e remuneração. Algumas, inclusive, que atestam aumentos de cerca de 100% no contracheque de executivos que participaram de programas de pós-graduação.

O CEO da Produtive,  Rafael Souto, diz que o investimento em capacitação aumenta o nível de trabalhabilidade — ou seja, a capacidade de gerar fontes alternativas de renda, além do emprego tradicional. “Sem contar a valorização no mundo empresarial, quem possui mestrado ou doutorado tem a possibilidade de investir na carreira acadêmica, seja full time, ou mesmo conciliando as aulas com uma boa posição em uma organização”, destaca.

Qual curso escolher?

Se você leu até aqui é porque, talvez, já esteja motivado a investir em um curso. Ótimo! Mas é preciso antes identificar seu perfil e seus objetivos, já que entre MBA, pós, mestrado e doutorado existem diversas diferenças.

Para começar, de um lado estão os cursos stricto sensu (expressão que significa sentido restrito), grupo do qual fazem parte o mestrado e doutorado. Do outro, os lato sensu (sentido amplo), que comporta especializações e MBAs.

Os programas stricto sensu têm foco na formação de pesquisadores e professores universitários e são indicados para quem deseja seguir carreira acadêmica, embora seja comum encontrar nessa modalidade profissionais que atuam em empresas. Os cursos de lato sensu, por sua vez, são voltados para quem possui uma rotina diária de trabalho e busca aperfeiçoamento profissional. Neste caso, além de ganhar competências específicas, de aplicação prática, e que ajudam na ascensão na carreira, o profissional terá mais facilidades se desejar mudar de área ou se adaptar a um novo cargo dentro da empresa em que trabalha.

Para ajudar nessa escolha, confira abaixo uma breve descrição com as principais características de cada modalidade de curso. Feito isto, livros, papel, caneta em mãos e bons estudos!

Pós-Graduação:

Com duração média de um a dois anos, a pós-graduação funciona como uma atualização e capacitação do profissional. O curso proporciona habilidades técnicas específicas sobre um determinado tema.

MBA: Tem características semelhantes à pós-graduação como, por exemplo, carga horária de 360 horas, porém, é mais direcionada ao campo dos negócios e da gestão. Normalmente é procurado por profissionais que já estão no mercado e que querem aprimorar seus conhecimentos nas áreas de gestão e negócios, para se formarem executivos.

Mestrado: O principal objetivo deste tipo de curso é aprofundar o aprendizado da graduação e estimular a reflexão teórica. É direcionado para quem pretende seguir carreira acadêmica, como professor ou pesquisador. Isso, no entanto, não impede que quem atua no mercado aprimore seus conhecimentos.

Doutorado: Tem duração de quatro a cinco anos e oferece um conhecimento teórico mais profundo do que o mestrado acadêmico. É direcionado para aqueles que desejam seguir carreira acadêmica, como professor ou pesquisador.

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