Rafael Souto, CEO da Produtive, indica o que fazer para descobrir se o seu jeito de trabalhar combina com o do seu gestor. No entanto, ele faz um alerta: não espere combinações perfeitas. Confira o que o especialista diz, em mais um dos vídeos de carreira.
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Um novo mundo
Em seu artigo à revista Você S/A, Rafael Souto, CEO na Porduitve, fala sobre a reflexão necessária que líderes e subordinados precisam ter com a reforma trabalhista. Será bem-sucedido quem abraçar o diálogo.
Neste momento, estamos discutindo mudanças significativas na legislação trabalhista. Os pontos que estão sendo aprofundados para alteração são importantes e fazem parte da evolução do ordenamento jurídico.
Afinal, a CLT reflete um outro momento da economia e do mundo trabalho, pois. foi criada na década de 40, num ambiente completamente diverso do que vivemos hoje.
Um dos pontos centrais da proposta é que, atualmente, o empregado é um ser hipossuficiente, em outras palavras, alguém que não tem capacidade de negociar. Essa visão arcaica não traduz o atual cenário, em que as pessoas querem mais espaço para organizar sua carreiras e sua vida e as empresas necessitam de modelos alternativos para aumentar a produtividade e desenvolver negócios. A caminhada por mais autonomia parece estar em sintonia com a dinâmica do mercado.
Nessa onda de transformações, uma discussão se torna ainda mais relevante na transição do modelo mental antigo de gestão de pessoas e de carreira para um novo pensar. Ainda há gestores, por exemplo, que conduzem suas equipes no sistema de comando e controle, tomam decisões com baixo nível de consenso, usam a hierarquia para impor suas formas de trabalho, não conversam com suas equipes de forma genuína e sempre tentam determinar o que deve ser feito. Por causa do autoritarismo, esses chefes simplesmente não conseguem aceitar que um funcionário negue um novo projeto ou tenha uma visão diferente sobre os próximos passos de sua carreira.
Se queremos uma verdadeira evolução nas relações de trabalho, precisamos mudar essa forma de gestão. Ainda mais quando o assunto a ser discutido é a carreira das pessoas. Nesse caso, a palavra-chave não é o controle, mas diálogo. O desenvolvimento profissional só acontece por meio das conversas e de uma construção conjunta. Os movimentos de carreira devem fazer sentido para o funcionário e para a companhia na qual ele trabalha. Esse equilíbrio exige muitas discussões, consome tempo e energia.
A atitude dos profissionais também precisa se adaptar rapidamente. Agora é a hora de assumir, de fato, as rédeas da carreira. A postura, a partir de agora, será de muito diálogo com o líder para explorar as alternativas na empresa. Isso exige curiosidade e controle. Nessa nova era, ter sucesso profissional é um reflexo dos diálogos transparentes entre líderes e subordinados.