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5 metodologias ágeis que podem transformar seu negócio

Uma nova maneira de atuar vem sendo exigida das empresas. A necessidade de respostas rápidas e inovação constante são só alguns requisitos básicos deste novo contexto, e para isto promover uma cultura ágil é fundamental para a sobrevivência das organizações. Rafael Souto, CEO da Produtive, contribui sobre este tema para o site da Alelo

A transformação digital e as mudanças nos modelos de trabalho impostas pela pandemia de coronavírus, têm exigido das empresas uma nova maneira de atuar, com mais atenção no cliente, necessidade de respostas rápidas e inovação constante para se destacar.

Neste contexto, você já deve ter ouvido falar das metodologias ágeis. Mas afinal, o que é isso? Trata-se de um modelo e uma filosofia que propõe alternativas à gestão de projetos. Em suma, esse tipo de gestão tem a função de aprimorar o processo de desenvolvimento de um produto ou serviço. O objetivo final é fazer entregas com rapidez e com maior frequência, conforme surgem as necessidades do cliente.

Uma pesquisa feita pela CI&T, em parceria com a Opinion Box, com mais de 500 líderes mostra o crescimento do uso das metodologias ágeis: segundo 41% dos entrevistados, a ferramenta de gerenciamento estratégico canvas, por exemplo, é a mais promissora para desenvolver operações eficientes, seguida do design thinking (40%) e sprints de desenvolvimento (38%). O conceito Kanban e a filosofia de gestão lean também foram apontados como estratégicos para os próximos anos.

“As empresas precisam agilizar a gestão e a produção de projetos, e um dos benefícios das metodologias ágeis é a facilidade para acompanhar as novas tendências e adaptar-se com mais facilidade, sempre com foco no cliente interno e externo”, diz Ana Paula Prado, country manager do InfoJobs.

Segundo Yorran de Paula, professor da HSM University e especialista em gestão de projetos ágeis, essas metodologias são instrumentos inteligentes para reduzir custos, aumentar a receita e a capilaridade e, até, melhorar o clima organizacional.

Promova uma cultura ágil

Mas, para implementá-las é preciso alguns cuidados. O primeiro passo é conscientizar os colaboradores dos benefícios dessas ferramentas. Isso porque, trata-se de uma mudança de mentalidade que só é possível com o apoio de todas as áreas. O modelo não pode ser imposto, pois as pessoas só se engajam no que acreditam.

Para criar essa cultura, é preciso criar o desejo e um time ágil, como explica Rafael Souto, presidente da Produtive. Segundo ele, é preciso realizar um trabalho de mudança de cultura, mostrando as vantagens da agilidade. “Em uma empresa que está num estágio básico de liderança, com comando e controle, a metodologia ágil não vai funcionar”, diz.

Isso porque, no método ágil o foco é sempre a equipe e seu resultado. É preciso, também, incentivar os líderes a ter um perfil mais apoiador, ou seja, que dê suporte necessário para que a execução flua. Isso quer dizer que sai de cena o controle e entra a colaboração.

Veja, a seguir, cinco exemplos de metodologias ágeis que podem ajudar a sua empresa.

1. Design thinking

A ferramenta tem como intuito solucionar os problemas por meio da atenção às reais necessidades do público-alvo, levando também em consideração a bagagem cultural e a visão de mundo dos envolvidos no projeto. É uma abordagem que busca a solução de problemas de forma coletiva e colaborativa.

A primeira etapa é identificar e compreender as necessidades do cliente: as virtudes e falhas da concorrência, qual o ambiente de negócios de sua região e quais são suas principais demandas. A próxima etapa é o brainstorm. É interessante, nessa fase, fazer uma análise colaborativa, com reuniões de equipe para coletar o máximo de ideias possíveis sobre como desenvolver o produto ou solucionar o problema em pauta.

2. Scrum

Trata-se de uma ferramenta que permite controlar de forma eficaz o andamento – e as entregas – das atividades. No Scrum, os projetos são divididos em ciclos chamados de sprints.

A cada sprint, a equipe faz uma breve reunião (normalmente de manhã), chamada daily meeting, momento em que os profissionais listam as demandas de um determinado período, assim como os prazos de entrega. As atividades são mantidas em uma lista que é conhecida como product backlog.

O objetivo é disseminar conhecimento sobre o que foi feito no dia ou semana anterior, identificar impedimentos e priorizar o trabalho do período que se inicia.

3. Kanban

A metodologia se baseia nos famosos post-its. O intuito é que, por meio desses cartões, a equipe aumente a eficiência da produção e otimize recursos. Com indicações como “para executar”, “em andamento” ou “finalizado”, é possível ter uma ideia de todo o projeto e do papel de cada um para a obtenção dos resultados.

 4. Canvas

Ajuda a visualizar melhor as questões estratégicas do negócio. Seu principal objetivo é estruturar um modelo inovador de plano de negócios, trazendo praticidade e principalmente dinamicidade na análise das organizações.

Criado pelo suíço Alex Osterwalder, trata-se de um mapa com as informações sobre o futuro da empresa, dividido em nove blocos, como as atividades-chave do negócio, as parcerias estratégicas e as fontes de receita.

5. Lean

Trata-se de uma filosofia de gestão inspirada em práticas e resultados do Sistema Toyota. É um tipo de gerenciamento que visa evitar desperdícios – de tempo, verba, mão de obra etc. –, empregando, assim, apenas o estritamente necessário para a realização de um determinado trabalho, etapa ou processo.

Sua equipe está desmotivada? Veja quatro formas de reverter o baixo

A pandemia trouxe novos desafios a todas empresas e, principalmente, aos profissionais de gestão de pessoas. Focos e ações diferentes passaram a ser demandadas para que as áreas funcionassem melhor, e uma delas é em relação ao engajamento da equipe. Rafael Souto, CEO da Produtive, revela pontos importantes para as empresas e suas lideranças desenvolverem neste tema tão desafiador.

A pandemia do coronavírus trouxe novos desafios às empresas. Alguns profissionais ficaram mais inseguros e ansiosos, o que demandou ações diferentes do time de gestão de pessoas. A forma de engajar é uma delas.

Uma pesquisa feita pela consultoria Wisnet mostra que 89% dos gestores de recursos humanos têm como prioridade encontrar formas para engajar a equipe à distância. Como reflexo, alguns temas ganharam mais espaço na agenda da área, como criar ações para a saúde dos colaboradores (68%), se posicionar de forma generosa (61%) e evitar demissões (68%). A pesquisa mostra que o cuidado com o capital humano é uma resposta diferente de crises anteriores, quando a preocupação era exclusivamente com os resultados.

Para os especialistas, ao notar que uma equipe ou algum membro do time está desmotivado, além das questões do trabalho, o gestor deve observar as necessidades dos colaboradores adotando uma liderança mais humana.

“O engajamento passa pelo diálogo. É preciso olhar individualmente para os profissionais. Conversar sobre desejos e expectativas”, diz Rafael Souto, presidente da Produtive, consultoria de planejamento e transição de carreira. Veja, a seguir algumas dicas:

1. Aposte em conversas individuais

É fundamental manter uma rotina de diálogos, explicar o que está sendo feito e os motivos que levam a tomada de decisões nas empresas.

“Os líderes precisam ampliar as conversas sobre o momento e os objetivos, e dedicar tempo para ouvir as preocupações, interesses e angústias de seu time”, explica Rafael.
Isso quer dizer, que práticas desenhadas sem levar em conta a individualidade de cada um não têm mais espaço atualmente.

Segundo Rafael, o engajamento é a conexão do indivíduo com a empresa e isso se dá quando ele percebe que pode realizar os projetos de carreira e de vida na companhia, e que é ouvido.

“O líder, de tempos em tempos, deve perguntar sobre a saúde do colaborador, sobre como ele vê o trabalho e suas entregas, e sobre suas expectativas”, diz.

Rafael reforça, porém, que isso deve ser feito sempre, não apenas quando algo não vai bem.

2. Reconheça os profissionais

Uma pesquisa da O.C. Tanner, empresa de reconhecimento de funcionários, mostra que reconhecer o trabalho dos colaboradores pode aumentar em 83% o engajamento.

“Os líderes esperam coisas muito inalcançáveis para reconhecer. É preciso, também, celebrar as pequenas vitórias”, diz Cristina Fortes, diretora da consultoria LHH no Rio de Janeiro.

Ela ressalta que reconhecimento não tem a ver apenas com aumento de salário ou mudança de cargo, pode acontecer de formas mais simples, como com um elogio em público, um convite para almoçar ou por meio de um email ao colaborador destacando uma ação bem feita e copiando outros líderes da empresa. “Às vezes, as coisas mais simples são as que mais me motivam”, afirma Cristina.

3. Olhe para o clima da empresa

O engajamento passa, também, pelo bem-estar do profissional. Faça pesquisas internas para monitorar o clima e saber o que é mais interessante para a equipe.

Algumas empresas já usam a ferramenta de termômetro do humor para saber como os colaboradores estão e, assim, implementar ações diferentes.

Tendo como base a pandemia, pode ser interessante, por exemplo, a readequação de benefícios, como substituir a maior parte do saldo de vale-refeição para o vale-alimentação, a oferta de um valor para subsidiar a internet, o auxílio com a estrutura mobiliária, e programas de saúde mental. Além disso, aposte em momentos de descontração como happy hours virtuais e lives.

Estudos do pesquisador europeu Wilmar Schaufeli mostram, por exemplo, que os líderes que dedicam tempo para conversar sobre o indivíduo, aumentam o engajamento médio em três vezes.

4. Tenha momentos de descontração em grupo

O engajamento vem, também, do clima da empresa. Apostar em ações que gerem colaboração e troca de ideias que vão além do trabalho é essencial.

Nessa lista, entram happy hour, campanhas de mobilização para causas sociais ou atingimento de meta, confraternização virtual e lives.

Faça uma pesquisa interna para saber o que é mais interessante para o time, o que eles mais gostam, e monitore o clima sempre. O segredo está em manter o clima bom e não esperar a situação ficar delicada para correr atrás de melhorar.

Quem procura emprego não tem paciência para preencher formulários longos. E agora?

Uma das principais etapas dos processos online são os formulários e testes para filtrar candidatos. Muitas vezes, as empresas podem perder talentos por estenderem muito essa fase inicial de candidatura. Rafael Souto, CEO da Produtive, fala sobre o que, de fato, é importante ter nessas perguntas para que o candidato tenha uma boa experiência com a companhia já de cara.

O desempenho dos colaboradores tem relação direta com o sucesso da empresa. Segundo o estudo Workforce 2020, feito pela consultoria Oxford Economics com mais de 2,7 mil executivos, as companhias que mais crescem são as que tratam, com atenção, a gestão de talentos. Nesse sentido, é essencial cuidar do primeiro contato que os profissionais têm com a empresa por meio de processos seletivos alinhados à cultura e a estratégia empresarial. Entre as etapas de recrutamento e seleção está a aplicação de formulários para filtrar os candidatos. Essa fase, apesar de parecer simples, demanda alguns cuidados.

Uma análise da ExactHire, que oferece soluções de Software como Serviço (SaaS) de RH para as demandas de contratação, ressalta que é importante encontrar a medida certa de perguntas para não afastar os candidatos. Isso porque, a maior parte das pessoas que procura emprego não tem paciência para preencher longos formulários e isso pode afastar os melhores talentos.

A empresa propõe que o próprio profissional de recursos humanos, responsável por recrutamento, faça o teste: se candidate a uma posição aberta em sua empresa para vivenciar na pele as dificuldades do processo proposto aos candidatos.

Sugere ainda como boa prática, adoção de meios para simplificar a vida do candidato que deseja aplicar para mais de uma posição na mesma empresa. Facilita se ele puder importar ou salvar informações já preenchidas para candidatura a outras posições, e apenas customizar o que deseja para dar enfoque na experiência e qualificação para a vaga específica. De acordo com a análise, reduzir a fricção do processo ajuda a receber muito mais currículos.

Por outro lado, um documento de formulário mal planejado pode acarretar uma contratação equivocada, afetar a rotina da organização e do trabalho e, até mesmo, as estratégias de expansão.

Mas como encontrar a medida certa?

Para qualquer processo seletivo, é importante que o recrutador e o candidato tenham clareza sobre o que procuram. “É preciso entender o que é crucial para a vaga, sempre se lembrando que é durante a entrevista que entraremos na validação e aprofundamento dessas informações previamente levantadas”, diz Rosana Daniele Marques, gerente de gestão de pessoas da Crowe, rede global nas áreas de auditoria e consultoria.

Dessa forma, o primeiro passo é estipular o job description, ou seja, a descrição do que é necessário, em termos técnicos e comportamentais, para o cargo. “Muitas vezes, as empresas vão ao mercado buscar um profissional sem saber de fato o que querem”, diz Erika Moraes, business manager da Robert Half, consultoria de recrutamento e seleção.

Segundo ela, é preciso pensar quais são os pré-requisitos da vaga. Se a posição exige inglês fluente, por exemplo, essa pergunta deve estar no formulário. Assim como se exigir o conhecimento em algum software ou a habilidade para lidar com o público. “Trata-se de uma pré-etapa de seleção, não de uma entrevista mais detalhada”, afirma.

Pense na experiência do candidato

Segundo Rafael Souto, presidente da Produtive, é preciso olhar para o recrutamento levando em conta a experiência do usuário, assim como as empresas fazem quando pensam em ações para os clientes. “Os formulários servem como um filtro inicial que está substituindo a leitura de currículos. Por isso, devem ser sucintos e bem direcionados”, diz.

Rafael ressalta que uma prática que tem sido bastante usada no mercado é o envio de vídeos, de dois a três minutos, em que o candidato conta um pouco de sua experiência e diferenciais. Dessa forma, a empresa consegue, além de saber a trajetória do profissional, analisar sua desenvoltura para falar, por exemplo. Veja a seguir, algumas perguntas importantes para a criação do formulário:

– Quais cursos são importantes para a vaga?
– Que habilidades comportamentais são valorizadas?
– A posição exige fluência em algum idioma?
– A vaga demanda habilidade para atendimento ao público?
– Que valores são importantes para a empresa?

Ao responder essas perguntas, fica mais fácil elaborar um formulário simples, mas focado nas demandas do cargo.