Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostram que o Brasil registrou a abertura de novos postos de trabalho formal em agosto, quando foram criadas 35,4 mil vagas com carteira assinada. Com esse resultado, o País acumula 163,4 mil contratações formais em 2017.
Apesar da confiança do empresariado de diversos segmentos ter aumentado significativamente em setembro, segundo pesquisas, algumas áreas voltam a ficar mais aquecidas do que outras.
Para Andrea Bacci, consultora associada da consultoria PMC, a cadeira de diretor financeiro/ CFO é uma das posições que tem tido aumento de demanda. “Na nossa percepção, esse acréscimo está muito atrelado à questão de regularização das empresas e também de olhar o financeiro com mais cuidado”. A profissional diz que o pedido vem de empresas de médio porte ou em nível de profissionalização.
Em relação à competitividade, o desafio para esses executivos garantirem as vagas, além da senioridade, está em olhar o negócio de forma geral. “Esse profissional passa a ser o braço direito do presidente da companhia, por isso, o perfil generalista para trazer insights que melhor viabilizam o negócio torna-se fundamental em momentos de instabilidade econômica”, afirma Carla Rahal, consultora de mercado da Produtive.
A diretoria comercial é outro cargo de maior procura em empresas do segmento de bens de consumo, serviços, telecom e tecnologia da informação, de acordo com Cintia Tubarão, que também é consultora de mercado da Produtive. “O perfil para essas vagas mudou, uma vez que a digitalização está em alta. Por isso, além de profissionais mais agressivos com bastante energia, as organizações, especialmente as de varejo, estão pedindo expertise em marketing digital, e-commerce, competências essas que reforçam uma inteligência de mercado”, destaca.
Já entre as áreas que continuam em aquecimento, as consultoras destacam Tecnologia da Informação e Recursos Humanos. Para os cargos de TI, têm se exigido muitas certificações, estabilidade nas empresas, e visão de negócio, ponto esse também fundamental para os de RH, que precisam ainda ter relacionamentos com sindicatos por causa da recente reforma trabalhista.
O que esperar do mercado de trabalho no 2º semestre?
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