SELEÇÃO DE PROFISSIONAIS COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA A MATURIDADE DE GESTÃO HOSPITALAR
O consultor de carreira da Produtive, Fernando Vincenzo, destaca análise das competências comportamentais como diferencial durante processo seletivo para o blog GesSaúde.
Hospitais são organizações que requerem equipes multidisciplinares de funcionários, todos com alto nível de profissionalização. São administradores, médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, farmacêuticos, nutricionistas, biomédicos, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, educadores físicos, dentistas e assistentes sociais, entre outros, que precisam atuar de forma integrada para alcançar os mesmos objetivos: proporcionar o melhor e mais seguro atendimento ao paciente e maximizar o resultado da instituição, afinal, o hospital também é uma empresa.
O processo de escolha desses profissionais é considerado complexo. Especialistas em gestão de pessoas destacam que, além dos conhecimentos técnicos específicos de cada área, avaliar também as competências comportamentais do candidato na hora de montar a equipe hospitalar pode ser um diferencial, principalmente para posições de gestão ou ainda mais altas na hierarquia. Dessa forma, a chance de ocorrerem erros de contratação diminui e a equipe se fortalece.
Para o consultor de carreira Fernando Vincenzo, da Produtive, a estratégia de seleção de pessoas para formação de equipes hospitalares requer um olhar atento sobre cada departamento, a fim de apontar quais são as competências técnicas e comportamentais necessárias para cada função. “A contratação de pessoas para funções operacionais é menos complexa que a de médicos e gestores. Os médicos, por exemplo, terão que lidar com uma série de particularidades, entre elas o relacionamento entre o paciente, o hospital e seus familiares, o que exige um perfil diferente de profissional”, destaca.
Vincenzo acredita que uma das formas de obter sucesso na seleção de funcionários de organizações de Saúde é aplicar testes que simulam a multidisciplinaridade das funções. “Dessa forma, é possível identificar a maneira como o candidato trabalha em equipe e lida com subordinados, pares e líderes.”
O consultor cita a importância da área de desenvolvimento de inteligência para mapear a necessidade de cada setor da instituição antes de montar a equipe que atuará nela. “O departamento de gestão de pessoas do hospital deve ser cada vez mais estratégico, avaliando não somente a capacidade técnica do candidato, mas também suas características comportamentais.”
Formas de contratação
Vincenzo avalia que a terceirização precisa ser vista com cuidado, já que se não houver maturidade da gestão hospitalar, é difícil atrair profissionais alinhados com a missão e os valores da instituição de Saúde. “Por isso, mesmo que a legislação brasileira agora permita a terceirização da atividade-fim das empresas, essa avaliação deve ser cuidadosa no caso das organizações de Saúde, afinal, elas lidam com a vida.”
Com esses cuidados da gestão de pessoas no momento da contratação, aliados a um plano de capacitação e desenvolvimento continuado do profissional, os hospitais garantem a formação de equipes fortes, interessadas na melhoria contínua e que compreendem que isso agrega satisfação ao trabalho e resulta em um melhor cuidado ao paciente.