Colaboração para o inovador futuro do trabalho
Mudar o layout do ambiente de trabalho, com diferentes espaços para focar ou tirar proveito do movimento. Quebrar o paradigma de reuniões formais, transferindo o momento para um café, em uma mesa alta e de pé. Criar salas de descompressão, com jogos e atividades que relaxem a mente. Quebrar paredes e divisórias para deixar o ambiente linear ou nem ter estação de trabalho fixa.
Nessa pegada de inovação, diversas empresas têm buscado por ações e novos conceitos de gestão que estimulem a criatividade de seus funcionários. Surge aí o trabalho colaborativo. Trata-se de uma metodologia de troca que envolve mentes multidisciplinares com o objetivo de inovar processos, alavancar a produtividade e obter melhores resultados com funcionários e clientes das organizações. Segundo estimativa da consultoria Emergent Research, da Califórnia, nos Estados Unidos, serão mais de 10 mil estações de trabalho colaborativo pelo mundo em 2018.
De acordo com a psicóloga e especialista em Gestão de Pessoas e Negócios, Priscila Troitino, o mercado mudou muito nos últimos cinco anos. “Passamos por várias revoluções com o advento da tecnologia, atreladas diretamente à colaboração. A prestação de serviço e outras formas de trabalho vieram nesse pacote de mudanças. Hoje, o profissional multidisciplinar é um dos mais procurados pelo mercado”, ressalta.
Com essa troca intelectual, no qual ninguém pode ficar dentro de sua caixinha, Priscila destaca muitos ganhos, sendo três deles principais, como o aprendizado. “Se disponibilizar em compartilhar experiências ajuda no equilíbrio da mente. Para quem está em transição de carreira, essa participação é muito importante, pois a troca ajuda o profissional a se sentir útil e vivo”.
Outro destaque é o tempo, que consome boa parte dos profissionais. “Quando as pessoas fazem trabalho colaborativo, é como se o tempo contasse diferente. O peso das coisas muda. Ganha-se qualidade com profissionais mais calmos e pacientes”, diz ela.
O networking também é um ponto importante. Afinal, se relacionar com pessoas é crucial, independente do momento profissional. Em trabalhos de colaboração, o profissional conhece muitas pessoas de interesses em comum. “São oportunidades como essa que agilizam o processo de recolocação e se conectar ficou muito mais fácil com as redes sociais”.