Escolher uma pós-graduação exige pesquisa e planejamento e Rafael Souto, CEO da Produtive, tem alguns conselhos importantes. Confira o que diz o especialista, em mais um dos vídeos de carreira.
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Transforme a sua equipe em protagonista de carreira
Neste vídeo, o CEO da Produtive, Rafael Souto, fala sobre a metodologia exclusiva do Diálogos de Carreira e mostra como o aplicativo do programa, recém-lançado, pode aproximar esta cultura de protagonismo a todos os profissionais de sua empresa.
Conheça o aplicativo Diálogos de Carreira
O aplicativo Diálogos de Carreira foi feito para aproximar ainda mais a metodologia exclusiva do programa com a rotina diária de equipes a fim de apoiar esta cultura que as empresas já possuem.
A viúva do trator e o futuro do trabalho
É nítido que vemos separação de grupos de profissionais quando o assunto é transformação das áreas. É sobre esta escolha que o CEO da Produtive, Rafael Souto, fala em seu artigo para o Valor Econômico. Confira:
Em tempos de profundas mudanças no mundo do trabalho uma das reflexões mais relevantes a fazer é como se manter competitivo e navegar nas ondas da transformação. Considerando que a carreira não surge, mas é uma construção baseada nas experiências que vão se somando ao longo da trajetória profissional, a organização das estratégias e dos investimentos na carreira somados ao comportamento exploratório vão oferecendo ao profissional condições de evoluir, se consolidar e prosperar no mercado.
A base de uma carreira é determinada por um conjunto de fatores. Me refiro a esses fatores como pilares, que são: satisfação e propósito, gestão financeira, saúde, networking, reputação e competitividade.
Organizar planos baseados nesses pilares é o que chamamos de planejamento contemporâneo de carreira. Como cita o professor e pesquisador Mark Savickas, a consideração sobre o futuro é uma dimensão importante do protagonismo na carreira. Então, é preciso investir tempo e energia nessas reflexões.
Em meio a isso, surge a competitividade, um dos pilares fundamentais para o profissional e o valor de sua carreira no mercado. Ele refere-se ao foco, à área de atuação e aos conhecimentos técnicos adquiridos ao longo do percurso.
Segundo o professor do MIT, especialista em carreira e estudioso sobre o futuro do trabalho, Thomas Malone, vivemos em uma era de hiperespecialização. Ele representa uma voz dissidente das conversas mais simplistas sobre o tema e provoca de forma incisiva os modismos sobre o rumo do mercado e das carreiras. Malone acredita que a visão geral de negócios é um complemento da carreira, mas o foco é o principal elemento de sustentação. O profissional que não tiver uma área de domínio e capacidade de realização específica será sempre preterido nos processos seletivos e ficará sem caminhos na organização. A visão holística é um aspecto importante, mas é acessório em relação ao foco.
Podemos perceber isso todos os dias. Basta analisar as oportunidades de trabalho e as contratações. A capacidade de entrega focada é o elemento chave. Entende-se como foco as chamadas macro áreas de carreira, como exemplo: vendas, finanças ou tecnologia de informação. Cada uma dessas áreas é um possível foco de carreira.
Por isso, a reflexão de Malone certamente faz sentido e podemos observar seus resultados no ambiente corporativo, todavia, ela não responde a uma questão central. Será que basta ter uma área foco bem consolidada para ter competitividade em um mercado em rápida transformação?
Para responder a esta questão, usamos o conceito de “gap” de oportunidade ou zona de ampliação do foco. O fato de ser um especialista em vendas com ótimos resultados pode garantir um bom trabalho hoje, mas talvez não o garanta nos próximos anos. Esse espaço de oportunidade é a leitura de tendências e o investimento nos novos conhecimentos que vão determinar o futuro daquela área.
Para ilustrar isso, vou citar um caso. Há alguns meses, estive com um executivo do setor do agronegócio. Ele relatou os incríveis avanços na área e as tendências de automação de equipamentos. Mencionou que estavam se formando dois grupos na empresa. O primeiro era a divisão dos incrédulos e insatisfeitos com a automação. Diziam que iriam perder empregos e que os projetos de automação não funcionariam. Já segundo grupo foi daqueles que queriam conhecer o novo e estavam curiosos para aprender sobre drones e máquinas autônomas. Essa primeira turma ficou apelidada como “Viúvas do Trator”. Pensavam nas perdas e nos riscos da automação e não nos ganhos.
Vemos essa divisão acontecer em todas as áreas em transformação. O espaço de oportunidade para aproveitar é a conexão com o novo. É a busca do conhecimento que irá transformar cada uma das áreas de negócio. É provável que algumas atividades desapareçam, mas a maioria delas vai se transformando.
Podemos eleger um grupo sem fim de novos conhecimentos que irão transformar as áreas como as conhecemos. O marketing digital, o “people analytics”, os conceitos da indústria 4.0, o compliance, entre tantos que foram criando espaços de oportunidades para os profissionais de cada uma dessas áreas.
A desocupação estrutural é um desafio que a sociedade terá de enfrentar, porque, de fato, muitos profissionais não acompanharão as mudanças e não terão qualificação para os novos trabalhos. Já, para cada um de nós, cabe elaborar as estratégias e tomar decisões para não ficarmos obsoletos. Buscar mapear os espaços de transformação e novos conhecimentos todos os dias. Ou, então, entrar para o grupo das viúvas do trator e ficar esperando os últimos dias de competitividade no mercado.
Política de Privacidade
Os dados cadastrados de pessoas interessadas nos serviços que a Produtive Carreira e Conexões com o Mercado oferta no site ou nas redes sociais com os perfis oficiais da empresa serão utilizadas, exclusivamente, para que os profissionais da Produtive entrem em contato a fim de esclarecer dúvidas e apresentar os serviços de interesse em questão.
13 cargos quentes em vendas e marketing com salários de até R$ 25 mil
Levantamento exclusivo da Exame.com contou com as participações de Fernando De Vincenzo e Tatiana Lemke, ambos heads da área de Mercado da Produtive, e de outras empresas da área de Recursos Humanos, que mostram as tendências do mercado de trabalho nas áreas de vendas e marketing.
O mercado vive um momento de expectativa. Após um longo período de recessão no Brasil, as empresas esperam um sinal de crescimento da economia em 2019 para voltar a investir e expandir seus negócios.
De acordo com Gabriel Santos, gerente sênior da divisão de Vendas & Marketing e Serviços Financeiros da Talenses, isso deve refletir dentro do mercado de trabalho nas áreas de Vendas e Marketing.
Para se recuperar dos anos de atraso, as empresas vão procurar melhorar o desempenho das vendas, com foco no consumidor e em tomadas de decisão utilizando dados. Por isso, há uma maior destaque neste ano para os especialistas em inteligência de mercado e experiência do cliente.
Segundo Santos, por essas razões, vão se destacar profissionais que tenham maior entendimento sobre os negócios da empresa, não importa sua formação principal, e que consigam adaptar os produtos a cada parceiro e ter um visão das necessidades dos clientes.
Para entender melhor as tendências do mercado para Marketing e Vendas, EXAME fez uma pesquisa entre empresas e consultorias sobre os profissionais e cargos mais requisitados nos próximos 12 meses. Confira:
Gerente de Marketing Digital
O que faz: gerencia e acompanha performance em Google Adwords e Analytics, desenvolve SEO e campanhas de e-mail marketing e ações digitais, a fim de gerar leads qualificados para conversão em vendas e fortalecimento da marca
Perfil: formação em administração de empresas, marketing, publicidade e propaganda, entre outros cursos relacionados. A maioria das empresas exige pós-graduação ou MBA focado no digital. As empresas procuram pessoas pró-ativas, com boa comunicação e inglês avançado
Salário médio: entre 16 mil e 20 mil reais
Por que está em alta: as empresas atuam cada vez mais no meio digital para trabalhar branding, produtos e serviços
Gerente de Marketing Branding
O que faz: Sua função é elaborar a estratégia da marca, incluindo a definição de estilos, visão e valores propostos da marca para o mercado – a curto e longo prazo.Também ajuda na execução da comunicação, branding dos produtos e atividades publicitárias em todos os canais.
Perfil: com graduação em administração, economia ou engenharia, publicidade e marketing. Um gerente de branding precisa ter fortes habilidades de comunicação, inglês fluente, manter excelente relacionamento com os colegas e contatos externos, ter uma atitude proativa, ser analítico e ambicioso
Salário médio: cerca de 20 mil reais
Por que está em alta: hoje a concorrência está muito alta, levando as empresas apresentarem seu produto e sua marca associando valores importantes para o consumidor, mantendo a integridade da marca através de todas as atividades de marketing e de comunicação da empresa
Gerente de Vendas (Hunter)
O que faz: são profissionais que atuam na área de vendas em mercados digitais, seja e-commerce, market place ou empresas tradicionais que tenham também uma área digital. Eles procuram abertura de novos canais de vendas
Perfil: une atributos como a habilidade de negociação (vivência no mercado de vendas) e habilidade analítica, ou seja, inteligência do mercado de vendas. Segundo a Stato, a vaga exige um perfil mais “agressivo” de vendas.
Salário médio: entre 8 mil e 15 mil reais
Por que está em alta: a área está em alta justamente porque torna a área de vendas cada vez mais inteligente e, assim, garante resultados mais positivos. Empresas que precisam ser competitivas e procuram expandir os negócios devem contar com esses profissionais
Gerente de Desenvolvimento de Negócios
O que faz: esse profissional é responsável por definir a política e estratégia de execução junto a liderança da companhia com foco em buscar novas frentes de negócio, desenvolver contas estratégicas e gerar oportunidades ainda não trabalhadas
Perfil: é “multitarefas” e com perfil consultivo, capaz de desenhar planos de ação a serem executados em campo, além de capacidade analítica de acompanhar todos indicadores de performance. Competências comportamentais são fundamentais para esta posição, assim como persuasão, resiliência e boa comunicação
Salário médio: entre 12 mil e 18 mil reais
Por que está em alta: a área é destaque em momentos de retomada e crescimento, com novo foco em aumentar participação de mercado e consequentemente faturamento. O setor de Serviços e Indústria vem demandando este perfil com mais frequência
Coordenador de Vendas Regional
O que faz: coordena as atividades de vendas, orienta vendedores e representantes e analisa performance da equipe, visando o cumprimento de metas
Perfil: são profissionais com forte vivência em vendas e gestão de equipe de vendas.
Salário médio: entre 10 mil e 12 mil reais
Por que está em alta: o mercado de trabalho está aquecendo aos poucos e as empresas estão expandido seus negócios. Para isso é necessário um profissional que tenha a capacidade de gerir uma equipe de forma eficaz e com forte habilidade comercial
Gerente Comercial
O que faz: cuida da estratégia de negócio, planejamento e desenvolvimento de produtos
Perfil: precisa ter experiência em expansão de negócios, liderança de pessoas e inglês fluente
Salário médio: cerca de 20 mil reais
Por que está em alta: mercado está retomando crescimento e a demanda para área comercial aumenta
Gerente Comercial (canal indireto)
O que faz: é responsável por qualificar e gerir o relacionamento, margem e volume de vendas indiretas para distribuidores ou revendas
Perfil: é necessário ter senioridade para entender o modelo de negócio do canal e propor uma solução “ganha-ganha”. Habilidade de influência, boa capacidade analítica, negociação e conciliação
Salário médio: entre 15 mil e 25 mil reais (com direito a bônus e comissões)
Por que está em alta: o modelo de vendas indiretas permite maior capilaridade e penetração em diferentes clientes/regiões. É um modelo com custos fixos menores e que cria um ecossistema de vendas positivo. Essa posição vem crescendo nos mercados de tecnologia e bens de consumo
Analista de Marketing e Comunicação Digital
O que faz: é o profissional que vai efetivamente se comunicar junto com o público nas mídias sociais para comunicar o que a empresa considera estratégico
Perfil: é preciso ter conhecimento técnico sobre todas as métricas e assuntos relacionados ao tema, estar atento às constantes atualizações das redes sociais, conhecer bem o público de cada empresa ou cliente. Em termos de habilidades comportamentais, é preciso que esse profissional saiba cumprir prazos e tenha agilidade
Salário médio: entre 3 mil e 7 mil reais
Por que está em alta: cada vez mais, as empresas estão buscando interagir com o público nas redes
Gerente de Inteligência de Mercado
O que faz: esse profissional fica abaixo do guarda-chuva de pesquisa e mapeamento de mercado, de produto e de suporte para área comercial que oferece indicadores de respostas de mercado
Perfil: formação, normalmente, em marketing ou administração. Para esta posição, as empresas estão abertas para formação em engenharia também
Salário médio: entre 18 mil e 23 mil reais
Por que está em alta: como as empresas precisam resgatar o que foi perdido nos anos de economia em recessão, ter a estratégia mais alinhada com indicadores reais trarão um crescimento mais rápido
Especialista em Experiência do Cliente
O que faz: pode ficar junto com a área de Marketing e de Inteligência de Mercado ou pode ser uma cadeira específica, como há na Oracle e IBM. O profissional deve atuar na relação entre marca e cliente, viabilizando processos que facilitem essa experiência
Perfil: a formação, normalmente, é em marketing ou administração, com especialização específica em gestão de processos e projetos
Salário médio: entre 18 mil e 23 mil reais
Por que está em alta: as startups trouxeram grandes ensinamentos para o mercado corporativo tradicional. A visão de experiência com o cliente e tendências de relacionamento com o consumidor passam a ser incorporadas nos processos para atrair e fidelizar consumidores
Produtive lança plataforma colaborativa, reinventando o serviço de recolocação profissional de executivos
Como mais um passo de inovação da Produtive, que sempre mantém o seu legado de protagonismo na integração de tendências do novo mundo do trabalho aos seus serviços (conheça a nossa história), lançamos o HUB de Conexões Produtive.
Trata-se de um serviço estratégico inspirado nos novos conceitos de trabalho em células, trabalhabilidade e carreira em nuvem para que o profissional mantenha uma rede potente de conexões, expandindo a geração de movimentos de mercado oferecidos pela consultoria.
Em maio de 2017, a Produtive anunciou a criação do conceito “Outplacement 3.0” (leia aqui as informações deste marco), inserindo nesse escopo de serviço uma nova forma de fazer conexões e posicionar a marca de profissionais no mercado. Somado a isso, agora, com a criação do HUB de Conexões, a empresa reforça mais uma vez o seu protagonismo nos serviços de gestão de carreira e recolocação profissional.
“A era da trabalhabilidade exige protagonismo na carreira e visão de longo prazo. As rápidas transformações do mercado pressupõem que os profissionais estejam sempre em movimento, seja na busca de oportunidades, na reciclagem de suas estratégias ou em seu desenvolvimento de carreira”, afirma Rafael Souto, CEO da Produtive.
Assim, ao invés de somente ajudar o executivo a encontrar um novo emprego, a proposta é aumentar a conectividade a tudo que possa beneficiar o assessorado em seu processo de movimentação, estimulando a criação de negócios, investimentos, mentorias, ideias e conteúdo com outros executivos dentro do HUB.
Este novo serviço também contempla uma relação de longo prazo. Desta forma, mesmo com o término do contrato, o cliente irá permanecer nessa plataforma até quando quiser. “Entendemos que a carreira não deve ser pensada apenas em um momento de transição, mas sim é necessária uma atitude permanente de reflexão e conexão com o mercado”, diz Souto.
A gestão da carreira é mais do que recolocação, é também a possibilidade de construir uma relação de longo prazo com uma rede rica e potente, na qual só a Produtive pode oferecer por meio deste HUB.
Mais do que tecnologia, o HUB representa um novo conceito nos serviços de carreira.
Tenho mais de 55 anos, ainda tenho chances no mercado corporativo?
Profissionais com mais de 55 anos podem ter dificuldade no mercado de trabalho. A nossa diretora executiva, Kátia Ackermann, explica que o espaço para eles pode ser mais facilmente encontrado nas posições em que a experiência é mais valorizada. Confira os caminhos indicados por ela em vídeo de carreira da Exame.com.
Cultura fintech: um mercado de atração de talentos
Já deixou de ser surpresa nos depararmos com novas modalidades de negócios. Em busca de suprir uma necessidade, solucionar, facilitar – e até eliminar – as burocracias na oferta de serviços, a cada dia vemos o nascimento de uma startup. Prova disso é que esse universo tem exigido com que muitas empresas tradicionais se remexessem para conseguir um refresco à sombra desses novos competidores, não só em relação à participação de mercado e investimento forte em tecnologias e processos, mas também em atração de novos talentos.
Um recente estudo da consultoria Michael Page realizado com 1000 profissionais mostrou que nove em cada dez executivos de alta e média gerência trocariam o tradicional mercado corporativo por uma startup. Os principais motivos: conquista de mais qualidade de vida e flexibilidade de horário, mesmo com um salário menor.
Apesar do apetite voraz por uma cadeira nesse habitat inovador, Débora Barbosa, Head de RH da Acesso Soluções de Pagamentos, startup de tecnologia do setor financeiro, afirma que as competências mais buscadas em profissionais para as posições que aparecem por lá são agilidade e capacidade de reagir de forma otimista às mudanças. “Por ser um segmento que está transformando todo um mercado financeiro antigo, a velocidade e a construção do novo impactam diretamente nas competências comportamentais que um profissional precisa ter”, diz ela.
O trabalho focado no cliente também é um grande diferencial, uma vez que é um tipo de organização que quer solucionar problemas que as grandes empresas tradicionais não conseguiram resolver com seus clientes.
Apredendo com o mercado
Segundo estimativas, apenas um ou dois bancos sobreviverão com a transformação tecnológica, cenário que oferece mais abertura a novas formas de serviços. Mas, para tanto, Débora destaca que saber selecionar as prioridades corretas dentro das fintechs é um desafio diário. Outro exemplo que ela traz é de ter um grupo forte de líderes que saibam engajar pessoas em um ambiente vulnerável, veloz e dinâmico. “Estamos aprendendo juntos com o desenvolvimento do mercado”.
Na perspectiva da gestão do RH, tendo como premissa uma área parceira e que entende do negócio, ela ressalta que o time se adaptou praticando novos modelos de trabalho e utilizando a metodologia ágil em todos os subsistemas. “Tivemos um esforço de mudança na gestão, mas que é um esforço que todo profissional de RH deve ter em qualquer segmento novo de atuação”.
Há posições para…
Débora revela que a maior demanda em uma organização como essa está relacionada a profissionais de tecnologia, como desenvolvedores, especialistas em banco de dados e especialistas em segurança da informação, com características de apreço a estudo e atualização de forma contínua.
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CIO: saiba o que um mentor pode fazer por você
Marcia Oliveira, consultora sênior de carreira da Produtive, fala sobre como o processo de mentoring auxilia na tomada de decisões e na condução da transformação digital para o IT Fórum 365.
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Dedicação ao trabalho e conhecimentos técnicos nem sempre são suficientes para uma carreira de sucesso em TI. No caminho rumo à transformação digital, as companhias precisam contar com um CIO que vá além do operacional e esteja alinhado com a estratégia do negócio e com os demais líderes da empresa. Para isso, o líder de tecnologia precisa se reinventar com a adição de habilidades como liderança, trabalho em equipe e visão global de mercado. Mas, como protagonizar essa mudança e dar outros rumos à carreira?
Entre as medidas possíveis está o processo de mentoring, espécie de tutoria na qual um profissional mais experiente orienta e compartilha conhecimentos para auxiliar nas decisões. Diferentemente do coaching, que atua no desenvolvimento comportamental e de habilidades e pode ser feito com uma pessoa que não atue na mesma área de quem passa pelo processo, no mentoring é essencial que o mentor tenha experiência no mesmo segmento do mentorado ou no setor que ele deseja se desenvolver. Os ensinamentos são direcionados para a carreira e apoiados nas principais dificuldades e barreiras que possam atrapalhar o sucesso dentro da empresa.
“O mentor funciona como um guia, pois é alguém que já viveu aquilo que o CIOl está passando”, explica Marcia Oliveira, consultora de carreira sênior da Produtive. Por exemplo, se o mentorado precisa entender melhor sobre gestão em cloud computing ou decidir se é o momento certo de iniciar um projeto para o varejo com o uso de Inteligência Artificial ou drones, o mentor vai mostrar como foi sua experiência, que tecnologias utilizou, quais foram os seus principais desafios, o que deu certo e o que não deu.
Como escolher
O primeiro passo para escolher um mentor é analisar o currículo do profissional e suas competências. É importante analisar se o mentor tem experiência na área em que o líder de TI quer se aperfeiçoar. Se o CIO busca desenvolvimento técnico, como conhecer as melhores ferramentas e tendências do setor, deve optar por um CIO mais experiente, mas se busca mentoria em gestão e negócios, deve procurar um presidente como mentor.
Ser perspicaz, bom ouvinte e acessível são outras qualidades que devem ser observadas. “O mentor precisa ser alguém disponível, que tenha paixão por ensinar e se comprometa com o processo, ressalta Marcia. Um bom mentor também precisa ter afinidade com o mentorado. “Além das habilidades técnicas, é importante que os dois lados se dêem bem, já que o mentor fará parte do dia a dia e será um facilitador no desenvolvimento do CIO”, completa Marcia.
O segundo passo é saber se o profissional estudou mentoria, pois não basta ser muito experiente ou referência em um assunto, se ele não souber repassar seu conhecimento. Assim, é essencial que ele tenha metodologia e conte com um processo bem estruturado, que tenha começo, meio e fim com um objetivo bem definido.
Mas, para ter sucesso com a mentoria, explica Marcia, o CIO precisa entender que grande parte do trabalho é dele e que o mentor será apenas um estímulo. Como aprendiz, é importante ser capaz de avaliar objetivamente suas competências, bem como aceitar críticas.